O Governo moçambicano garante que vai fazer de tudo para garantir que o processo eleitoral tenha lugar nas datas previstas para que o povo possa escolher os seus dirigentes num ambiente ordeiro e de paz.
José Pacheco, Ministro da Agricultura que chefia a delegação do Governo no diálogo com a Renamo, ao reafirmar esta posição hoje em Maputo, no final da 17ª ronda, disse que as eleições terão lugar independentemente da vontade da Renamo.
Pacheco revelou que na ronda de hoje as partes fizeram antes uma espécie de retrospectiva das matérias discutidas nas rondas anteriores, para depois se avançar para a discussão na especialidade das questões sobre a paridade nos órgãos eleitorais.
Durante a discussão, segundo Pacheco, a Renamo voltou a insistir num acordo político, o mesmo que dizer que o governo devia concordar com a proposta da Renamo na sua plenitude para que seja submetida a Assembleia da República (AR), o parlamento.
“Moçambique não pode ser hipotecado a cidadãos que não querem olhar para a realidade moçambicana de forma construtiva. A Renamo não pode ditar ao Governo para concordar ou não com suas iniciativas. Isto revela falta de seriedade”, disse Pacheco.
Face e este posicionamento, o Governo reiterou o interesse de a Renamo pegar nas suas propostas e os posicionamentos do Executivo e remete-los a AR ou então remeter os pontos em discórdia ao mais alto nível (encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo Afonso Dhlakama).
“A Renamo acha que o Governo tem que adoptar de forma incondicional as suas propostas esquecendo que os problemas não se resolvem violando as leis”, explicou José Pacheco.
Pacheco realçou que esta proposta é claramente da iniciativa da Renamo e esta tem o direito de propô-la e remete-la a sessão extraordinária da AR.
A delegação do Governo voltou a insistir na necessidade de Renamo assinar as actas que tem por assinar e a avançar-se para a discussão sobre o desarmamento dos homens armados, mas a delegação do maior partido da oposição disse que só assinaria as actas depois de esgotada a matéria eleitoral e que o desarmamento só entraria quando estivesse em debate a questão sobre as Forças de Defesa e Segurança.
O Governo, segundo Pacheco, está disposto a enquadrar os elementos militarizados da Renamo no quadro da polícia de acordo com as qualificações de cada um deles.
“Fazendo um balanço sobre o diálogo, notamos que há evolução, mas precisa-se muito mais”, disse Pacheco, adiantando que falta bom senso da parte do proponente ao querer usar o direito que tem para impor.
Por seu turno, Saimone Macuiane, chefe de delegação da Renamo, disse que a representação do seu partido veio ao diálogo com o espirito de ver a questão do pacote eleitoral ultrapassada, para se resolver o que chamou de crise política eleitoral, “mas que, infelizmente, o impasse prevalece pelo facto de o Governo não aceitar o acordo político”.
Segundo Macuiane, só um acordo político é que vai permitir a realização de eleições justas, equilibradas, em pé de igualdade e isenção, porque a Renamo quer o mesmo número de membros nos órgãos eleitorais para todos os partidos políticos.
Este posicionamento marca uma mudança pois, antes a Renamo defendia a paridade nos órgãos eleitorais dos membros do seu partido e do partido no poder (Frelimo) apenas.
“Se o Governo tem consciência de que não ganha as eleições nas mesas de voto porque não concorda com a nossa proposta. Ela ajuda a encontrar um espaço para que todos concorram em pé de igualdade”, disse Macuiane.
Macuiane apontou ainda ser impossível o alcance da paz em Moçambique sem o Governo e a Renamo se entenderem.
(AIM)
José Pacheco, Ministro da Agricultura que chefia a delegação do Governo no diálogo com a Renamo, ao reafirmar esta posição hoje em Maputo, no final da 17ª ronda, disse que as eleições terão lugar independentemente da vontade da Renamo.
Pacheco revelou que na ronda de hoje as partes fizeram antes uma espécie de retrospectiva das matérias discutidas nas rondas anteriores, para depois se avançar para a discussão na especialidade das questões sobre a paridade nos órgãos eleitorais.
Durante a discussão, segundo Pacheco, a Renamo voltou a insistir num acordo político, o mesmo que dizer que o governo devia concordar com a proposta da Renamo na sua plenitude para que seja submetida a Assembleia da República (AR), o parlamento.
“Moçambique não pode ser hipotecado a cidadãos que não querem olhar para a realidade moçambicana de forma construtiva. A Renamo não pode ditar ao Governo para concordar ou não com suas iniciativas. Isto revela falta de seriedade”, disse Pacheco.
Face e este posicionamento, o Governo reiterou o interesse de a Renamo pegar nas suas propostas e os posicionamentos do Executivo e remete-los a AR ou então remeter os pontos em discórdia ao mais alto nível (encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo Afonso Dhlakama).
“A Renamo acha que o Governo tem que adoptar de forma incondicional as suas propostas esquecendo que os problemas não se resolvem violando as leis”, explicou José Pacheco.
Pacheco realçou que esta proposta é claramente da iniciativa da Renamo e esta tem o direito de propô-la e remete-la a sessão extraordinária da AR.
A delegação do Governo voltou a insistir na necessidade de Renamo assinar as actas que tem por assinar e a avançar-se para a discussão sobre o desarmamento dos homens armados, mas a delegação do maior partido da oposição disse que só assinaria as actas depois de esgotada a matéria eleitoral e que o desarmamento só entraria quando estivesse em debate a questão sobre as Forças de Defesa e Segurança.
O Governo, segundo Pacheco, está disposto a enquadrar os elementos militarizados da Renamo no quadro da polícia de acordo com as qualificações de cada um deles.
“Fazendo um balanço sobre o diálogo, notamos que há evolução, mas precisa-se muito mais”, disse Pacheco, adiantando que falta bom senso da parte do proponente ao querer usar o direito que tem para impor.
Por seu turno, Saimone Macuiane, chefe de delegação da Renamo, disse que a representação do seu partido veio ao diálogo com o espirito de ver a questão do pacote eleitoral ultrapassada, para se resolver o que chamou de crise política eleitoral, “mas que, infelizmente, o impasse prevalece pelo facto de o Governo não aceitar o acordo político”.
Segundo Macuiane, só um acordo político é que vai permitir a realização de eleições justas, equilibradas, em pé de igualdade e isenção, porque a Renamo quer o mesmo número de membros nos órgãos eleitorais para todos os partidos políticos.
Este posicionamento marca uma mudança pois, antes a Renamo defendia a paridade nos órgãos eleitorais dos membros do seu partido e do partido no poder (Frelimo) apenas.
“Se o Governo tem consciência de que não ganha as eleições nas mesas de voto porque não concorda com a nossa proposta. Ela ajuda a encontrar um espaço para que todos concorram em pé de igualdade”, disse Macuiane.
Macuiane apontou ainda ser impossível o alcance da paz em Moçambique sem o Governo e a Renamo se entenderem.
(AIM)
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