Capital de Sofala completa hoje mais um aniversário de elevação à cidade
A segunda mais importante cidade do país completa, hoje, 106 anos de elevação àquela categoria. Os sinais de desenvolvimento são visíveis, desde o aumento do parque imobiliário à instalação de novos projectos. Mas ao lado da linha de desenvolvimento, há um longo caminho por fazer
A zona industrial da Munhava, por exemplo, está a registar muitos investimentos de empresas que abrem fábricas, armazéns e oficinas, resultando no surgimento de oportunidades para emprego de centenas de jovens.
Na rua do Engenheiro Resende, avenidasGeralVieiradaRocha, Samora Machel, entre outras, pode ver-se centros comerciais a serem erguidos.
Com efeito, tornou-se difícil encontrar espaços vazios na cidade, sendo que até algumas zonas suburbanas, como Manga, começam a colher edifícios de grande porte do ramo de comércio, bem como habitações.
Os espaços vazios que existiam estão a dar lugar a grandes construções que se juntarão a tantos outros já em funcionamento.
Aliado a isso, estão as movimentações derivadas da dinâmica económica do país, com destaque para a exploração dos recursos naturais de Tete, na região Centro do país, que têm o porto da Beira como saída para o mercado, que é estrangeiro, para além do escoamento de diversos produtos para os países do hinterland, como Malawi, Zimbabwe, Zâmbia e RD Congo.
No que diz respeito às vias de acesso, 200 milhões de meticais estão a ser investidos pelo Conselho Municipal da Beira (CMB), para responder às reclamações dos automobilistas, sobretudo os de transportes semi-colectivos de passageiros, vulgos “chapas”, que chegam a preferir circular em alguns bairros em detrimento dos outros cujas estradas se apresentam cheias de buracos.
Foi pensando em reverter esse cenário que o CMB reabilitou a rua Daniel Napatine, no centro da cidade, via onde terminam os transportes de passageiros quer de carreiras internas, quer os interprovinciais, cujas obras terminaram há dias.
Depois dos trabalhos na Daniel Napatine, a edilidade está, desde ontem, a atacar a avenida das FPLM, partindo da praça da Independência até à Zona de Estorial. Na verdade, a reabilitação daquela estrada vai conferir uma nova imagem à cidade da Beira, uma vez que é a principal porta de entrada da cidade para quem sai do Aeroporto Internacional, para além de que percorre os bairros nobres da cidade, nomeadamente, Estoril, Macuti, Palmeiras I e II e desagua na Ponta-Gêa.
No bairro do Vaz, a rua principal que liga a Estrada Nacional número seis e a antiga Estrada Nacional beneficiou, recentemente, da colocação de pavés, estando agora os utentes desta via livres dos embaraçosos buracos.
A avenida 24 de Julho, uma das principais vias da Munhava, foi, nos tempos, um exemplo amargo de estradas esburacadas da Beira, mas agora apresenta-se revestida de pavés, desde a Alfredo Lawley até a Krus Gomes, esta última também com pavés depois de outrora ter sido uma dor de cabeça para os seus utentes.
A rua da Chota, que liga esta zona ao Matacuane, está a beneficiar de reabilitação, estando no fim a colocação também de pavés.
Brito Gonçalves, motorista de “chapa”, referiu que estas obras “vêm aliviar os automobilistas, pois temos sentido na alma as consequências de buracos, os carros não resistem. Meu apelo é de que o Conselho Municipal tem que continuar a trabalhar no sentido de melhorar as vias de acesso, de modo a que possamos circular à vontade”.
DOIS BILIÕES MT EM NOVOS HOTÉIS
O ramo de hotelaria e turismo na cidade da Beira tem estado a ganhar nova dinâmica. Ao todo, estão a ser investidos cerca de dois biliões de meticais na construções de novos hotéis de luxo, pensões e restaurantes. Estas obras vão elevar o número de quartos disponíveis de 1491 para 3027 quartos.
O destaque vai para o investimento chinês que está a ser realizado pela Sogecoa, que está a construir um grande hotel na zona costeira do Estoril, com dimensões iguais ou superiores aos do Hotel Polana de Maputo. Este hotel poderá substituir o degradado Grande Hotel pela grandeza e majestade.
Outros grandes hotéis acabaram de entrar em funcionamento e outros ainda estão na fase de acabamentos, como são os casos do Lunamar, Sena, VIP e Baía, que se juntam a tantos guest houses, que a cada dia proliferam pela cidade, respondendo assim a cada vez maior procura destes serviços na capital de Sofala.
Para além de satisfazer os hóspedes, os investimentos no ramo hoteleiro estão a empregar muitos jovens na Beira, diminuindo, naturalmente, os níveis de desemprego.
Além de hotéis, são visíveis construções de edifícios com fins para o arrendamento de escritórios ou mesmo para habitação.
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