Thursday, 24 April 2014

Paridade e equilíbrio nas FADM foram acordados em Roma


 
O antigo negociador chefe da Renamo, Raul Domingos, considera que a proposta da Renamo em torno do estabelecimento do equilíbrio e paridade no seio das FDS constitui uma revista ao Acordo Geral de Paz (AGP) para ver o que foi ou não implementado, ou seja a guerra terminou com um acordo que não foi devidamente tratado por isso hoje surge esta proposta.
O presidente do Partido Para Paz Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, refere que a paz é uma questão de garantias, quando se exige respeito pelo equilíbrio e paridade significa queeste partido está se sentido inseguro. Isto porque a partidarização das FDS faz com que uma força política fique armada.
De acordo com Domingos, quando a Frelimo tem domínio sobre as FDS significa que também é um partido armado e perante esta situação a Renamo está a tentar dizer que ao ser desmilitarizada precisa de garantias de segurança que é afectação dos seus homens nas fileiras na mesma proporção.
Contudo, diz estar preocupado com a forma como o governo está a tratar o assunto, ao classificar a proposta da Renamo como uma autêntica aberração.
“Estando na mesa de negociações é preciso debater, apresentar propostas viáveis, pois um processo como este é caracterizado por aberturas e cedências. Este tipo de reacção por si só cria uma situação que antevê um prolongamento do conflito”, frisou Domingos.
Domingos avança que a questão de paridade e equilíbrio nas FADM foi acordada em Roma e previa-se a mesma situação na PRM, mas neste último caso foi adiando e não se sabe muito bem quais foram os motivos.
“Mas parece-me que houve um certo entendimento entre Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama num encontro que mantiveram em Gaberone, capital de Botswana, em 1992. No entanto, nota-se que o governo não levou avante as garantias dadas para não consumação deste plano”.

SAVANA, 18/04/14

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