Maputo, 28 Abr (AIM) As delegações do governo e da Renamo, o maior partido da oposição, voltaram a não alcançar consensos no tocante a função dos observadores internacionais que deverão fiscalizar a cessação das hostilidades em Moçambique.
As últimas rondas do diálogo têm sido infrutíferas pelo facto do governo entender que os observadores internacionais, para além de fiscalizar a cessação das hostilidades, devem assistir a desmobilização da Renamo.
Enquanto isso, a Renamo defende que só se vai desmobilizar em caso do governo aceitar o princípio de paridade nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), Polícia moçambicana (PRM), e na Polícia de Altas Individualidades.
Na ronda de hoje, de acordo com o chefe da delegação do governo e ministro da Agricultura, José Pacheco, os observadores nacionais fizeram uma formulação que refere, de entre vários assuntos, que as partes devem confiar nos observadores internacionais para a cessação das hostilidades, desmobilização e reinserção dos homens armados da Renamo.
O ministro da Agricultura disse que a proposta apresentada pelos observadores nacionais constitui uma boa base para o trabalho, pois traz a vontade das partes numa plataforma única.
Nesse quadro, nós acabamos até prescindindo aquilo que era a nossa formulação, em sede do diálogo, e propusemos que adoptássemos aquilo que os observadores nacionais avançaram como base de trabalho, porque estão lá reflectidos os nossos interesses (governo) e os da Renamo. Mas a Renamo, pura e simplesmente, volta a trazer a questão da paridade nas FDS, disse Pacheco.
Segundo Pacheco, isso demonstra que se está perante um partido que não está disposto a se desmilitarizar e a integrar os seus homens nas FDS e PRM.
Por seu turno, o chefe da delegação e deputado da Renamo, Saimone Macuiane, disse faltar vontade do Governo em se encerrar este assunto.
Como sabem, na última sexta-feira não houve diálogo e, mais uma vez, o governo pediu que não trabalhássemos próxima quarta e sexta feiras. Passaremos a reunir apenas as segundas, isso demonstra falta de vontade, acusou Macuiane.
Quanto a proposta feita pelos observadores nacionais, a fonte disse que a Renamo propôs alguns pontos, como o da retirada das FDS e dos homens armados da Renamo das zonas de conflito.
No nosso entendimento, não estaremos a resolver o fim das hostilidades se o governo continuar a posicionar-se na zona de conflito. Uma vez cessadas as hostilidades, é fundamental que as forças, tanto da Renamo como do governo, se retirem para garantir que aquela zona esteja livre, indicou Saimone Macuiane.
(AIM)
As últimas rondas do diálogo têm sido infrutíferas pelo facto do governo entender que os observadores internacionais, para além de fiscalizar a cessação das hostilidades, devem assistir a desmobilização da Renamo.
Enquanto isso, a Renamo defende que só se vai desmobilizar em caso do governo aceitar o princípio de paridade nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), Polícia moçambicana (PRM), e na Polícia de Altas Individualidades.
Na ronda de hoje, de acordo com o chefe da delegação do governo e ministro da Agricultura, José Pacheco, os observadores nacionais fizeram uma formulação que refere, de entre vários assuntos, que as partes devem confiar nos observadores internacionais para a cessação das hostilidades, desmobilização e reinserção dos homens armados da Renamo.
O ministro da Agricultura disse que a proposta apresentada pelos observadores nacionais constitui uma boa base para o trabalho, pois traz a vontade das partes numa plataforma única.
Nesse quadro, nós acabamos até prescindindo aquilo que era a nossa formulação, em sede do diálogo, e propusemos que adoptássemos aquilo que os observadores nacionais avançaram como base de trabalho, porque estão lá reflectidos os nossos interesses (governo) e os da Renamo. Mas a Renamo, pura e simplesmente, volta a trazer a questão da paridade nas FDS, disse Pacheco.
Segundo Pacheco, isso demonstra que se está perante um partido que não está disposto a se desmilitarizar e a integrar os seus homens nas FDS e PRM.
Por seu turno, o chefe da delegação e deputado da Renamo, Saimone Macuiane, disse faltar vontade do Governo em se encerrar este assunto.
Como sabem, na última sexta-feira não houve diálogo e, mais uma vez, o governo pediu que não trabalhássemos próxima quarta e sexta feiras. Passaremos a reunir apenas as segundas, isso demonstra falta de vontade, acusou Macuiane.
Quanto a proposta feita pelos observadores nacionais, a fonte disse que a Renamo propôs alguns pontos, como o da retirada das FDS e dos homens armados da Renamo das zonas de conflito.
No nosso entendimento, não estaremos a resolver o fim das hostilidades se o governo continuar a posicionar-se na zona de conflito. Uma vez cessadas as hostilidades, é fundamental que as forças, tanto da Renamo como do governo, se retirem para garantir que aquela zona esteja livre, indicou Saimone Macuiane.
(AIM)
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