Maputo, 03 abr (Lusa) - A adjudicação direta a uma empresa liderada pela filha do Presidente moçambicano do processo de digitalização da televisão e rádio de Moçambique está a provocar a contestação de partidos da oposição, sociedade civil e operadores privados.
A entrega, sem concurso público, da operação avaliada em 220 milhões de euros à empresa sino-moçambicana Star Times liderada por Valentina Guebuza, filha do atual Presidente moçambicano, Armando Guebuza, é criticada pelos dois principais partidos da oposição moçambicanos, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que acusam o executivo de Maputo de ter "quebrado as regras do jogo".
Em sentido contrário, a Frelimo, partido no poder, considera que se trata de "uma polémica desnecessária", em torno deste processo. "A filha do Presidente da República é ou não é moçambicana? O facto de ela ser filha do Presidente e membro da Frelimo não significa que perde os seus direitos como moçambicana", defendeu Damião José, porta-voz da Frelimo.
Lusa
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