Forças Armadas assassinam deputado da Renamo
A chefe da Bancada da Renamo na Assembleia da República, Maria Angelina Enoque, responsabiliza o chefe de Estado e comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança, Armando Guebuza, pela morte de Armindo Milaco, e acusa o exército de o ter executado ...
Maputo (Canalmoz) – As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) assassinaram o deputado da Assembleia da República (AR) pela bancada parlamentar da Renamo, Armindo Milaco, afirmou ao Canalmoz a líder parlamentar do partido liderado por Afonso Dhlakama, Maria Angelina Enoque.
Segundo a chefe da bancada da Renamo, tudo se passou em consequência do ataque das FADM à residência de Afonso Dhlakama em Sadjundjira, junto ao Rio Vunduzi, a cerca de 25 quilómetros deste da Vila da Gorongosa, sede do distrito com o mesmo nome, local onde também estava implantada a base das forças da segurança pessoal do líder da Renamo.
O ataque foi perpetrado pela Terceira Companhia de Comandos das FADM, dirigida pelo coronel António Elias “Chikalango”.
Armindo Milaco deslocara-se a Sadjundjira para tomar parte das comemorações do dia de André Matsangaisse, primeiro comandante da Renamo, e ainda do primeiro aniversário da fixação de residência de Dhlakama naquela zona do sopé da Serra da Gorongosa.
Armindo Milaco era membro do Conselho de Administração da Assembleia da República. Terá sido atingido pelos bombardeamentos das FADM contra a residência de Dhlakama e não resistiu aos ferimentos.
Segundo o artigo 174 da Constituição da República, os deputados da Assembleia da República gozam de imunidade parlamentar, não podendo por isso serem detidos ou presos, salvo em caso de flagrante delito, nem serem submetidos a julgamento sem consentimento da Assembleia da República. Mas Armindo Milaco foi simplesmente assassinado pelo Exército que atacou Sadjundjira sob ordens do comandante-em-chefe das Forças Armadas, Armando Guebuza, como acusa a chefe da Bancada da Renamo.
A chefe da Bancada da Renamo disse ao Canalmoz que já informou à Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que o deputado Milaco foi assassinado pelo Exército às ordens do comandante-em-chefe, Armando Guebuza.
Verónica Macamo terá dito a Angelina Enoque que “precisa de mais informação para fazer diligências”.
A Chefe da bancada da Renamo critica o facto de as Forças Armadas estarem a ser usadas para assassinar até deputados. “Não sabemos o que se vai passar daqui para frente, não sabemos quem será o próximo a ser assassinado”.
Armindo Milaco não era militar, nem nunca foi militar, segundo a chefe da Bancada da Renamo. Cumpria o seu segundo mandato como deputado da Assembleia da República, pelo círculo eleitoral da Zambézia.
Milaco deixa os pais que vivem na província do Niassa, e esposa e quatro filhos que se encontram em Nampula.
Dhlakama já não se encontrava em Sadjundjira quando a sua residência foi assaltada pelo Exército, segundo fonte da Renamo.
O coronel Cristóvão Chume, porta-voz do Ministério da Defesa, no próprio dia do assalto a Sadjundjira declarou em conferência de Imprensa que não houvera mortes nem feridos, em ambas as partes.
(Redacção, Canalmoz)
3 comments:
Eh verdade! As fadm executaram o deputado da renamo,nao sombra de duvida.
Gostaria de saber: o que que o tal deputado,estaria a fazer em vunduz,na altura dos ataques,uma vez que muitos outros menbros ja tinham se retirado de la,depois do ataque do dia 17!o senario nao aconteceu em missao de assuntos do parlamento,mas sim estava-la como bandido armado.onde esta o Bissopo!
So hoje e que o mundo ve que morreu alguem,so porque era deputado!quem falou algo quando foram mortos inocentes em muxungo incluindo civis e policias!em Gorongosa muit outros xtao a morrer por culpa da renamo,isso nao da p criticar!!!sejamos realistas.
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