A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, recuou da sua decisão assumida na segunda-feira última, em Maputo, quando manifestou a sua indisposição de prosseguir o diálogo com o governo na ausência de facilitadores nacionais e observadores internacionais.
Falando em conferência de imprensa, na segunda-feira, no término da 23ª ronda do diálogo com o governo, o chefe da delegação do maior partido da oposição, Saimone Macuiane, asseverou que é o nosso entendimento, como Renamo, que nas próximas rondas, o trabalho só irá iniciar quando os facilitadores nacionais e observadores internacionais estiverem na mesa. Entendemos nós que, não havendo avanço, é fundamental que estejam na mesa para acompanharem o debate.
Na ocasião, Macuiane exigiu a presença do bispo Dom Dinis Sengulane e do Professor Doutor e reitor da Universidade Politécnica, Lourenço de Rosário, como facilitadores nacionais.
Contudo, hoje em Maputo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, fez marcha atrás afirmando a equipe da Renamo vai estar na segunda-feira no Centro de Conferências Joaquim Chissano. Porém, é bom que sejam acauteladas aquelas situações que nós estamos a exigir para que, efectivamente, o debate progrida. Não nos interessa e nem aos moçambicanos que tenhamos impasses permanentes e constantes.
Justificando a exigência do seu partido para a presença de observadores nacionais e estrangeiros, Mazanga, que falava em conferência de imprensa, disse que ninguém sabe exactamente o que é que está acontecer na mesa do diálogo, porque a versão reportada à imprensa pelos representantes de ambas as partes é contraditória.
Porque é que não podemos ter um elemento neutro e que possa vir dizer aos moçambicanos o que é que se está a passar, questionou Mazanga, para de seguida acrescentar nós queremos transparência, por isso convocamos outras pessoas para podermos nos entender. Se nós não tivermos razão eles vão dizer-nos.
Num outro desenvolvimento, o partido de Dhlakama defende que é dever do Governo moçambicano suportar todas as suas despesas enquanto decorre o diálogo entre as partes.
Desde que iniciamos as negociações, a nossa equipa desloca-se amiúde à Santujira. Nunca o Governo pagou uma 'quinhenta' (um único tostão) para suportar as nossas deslocações. Nós não estamos a tratar questões da Renamo e da Frelimo. Estamos a tratar matérias do Estado moçambicano, Por isso, o Governo deve pagar essas despesas disse.
Esta posição surge depois de, na semana passada, o Governo moçambicano ter manifestado a disposição de pagar as despesas da Renamo. Contudo, a Renamo recusou pronunciar-se sobre o assunto, exigindo uma resposta por escrito do governo.
A Renamo exige que o seu peso seja suportado pelo Estado para que exista um pé de igualdade, disse Mazanga, acrescentando que caso contrário, o Governo é que deverá deslocar-se ao encontro dos líderes da Renamo.
Convidado a pronunciar-se sobre quando é que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, estaria disposto a se reunir com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o porta-voz da Renamo retorquiu se depender da Renamo o encontro pode acontecer dentro em breve, pois queremos que este encontro, tal como os do Centro de Conferências Joaquim Chissano (CCJC), sejam frutíferos, porque eles são o garante da paz no país.
Sobre as matérias a serem discutidas no encontro entre Dhlakama e o estadista moçambicano, Mazanga fez referência a dois pontos, nomeadamente o pacote eleitoral porque está relacionado a democracia que é o alicerce de tudo, e o segundo ponto é a questão de defesa e segurança.
Contudo, Mazanga entende que o Governo aparenta não estar interessado num encontro entre o dirigente da Renamo e o Chefe de Estado.
O encontro entre eles deve ser o reflexo daquilo que está acontecer no CCJC. Não poder ser iniciado outro diálogo, deve haver avanços nesse encontro, de modo a garantirmos a existência de um ambiente pacífico nos corações dos moçambicanos, disse Mazanga.
Disse que o alcance de consensos entre as duas partes no diálogo é o garante da participação da Renamo nas autárquicas de 20 de Novembro.
Nós estamos no CCJC a procura de solução para esta questão de participar nas eleições. O nosso partido foi criado para participar nas eleições. O nosso desiderato é garantir que a democracia multipartidária prevaleça, mas conduzido por leis consensuais. É por isso que a nossa equipe continua no CCJC, disse o porta-voz do maior partido da oposição.
Afirmou que a Renamo está a envidar todos os esforços de modo a contribuir para o alcance de consensos, capaz de garantir a existência de um ambiente de pacífico no país.
Refira-se que a Renamo não se candidatou às eleições autárquicas de Novembro de ano corrente porque exige uma paridade na composição dos órgãos eleitorais.
A revisão da legislação eleitoral, despartidarização do aparelho do Estado, defesa e segurança e questões económicas, são os quatro pontos da agenda que a Renamo levou à mesa do diálogo com o Governo e que até agora tem sido caracterizado por impasses sucessivos.
(AIM)
Falando em conferência de imprensa, na segunda-feira, no término da 23ª ronda do diálogo com o governo, o chefe da delegação do maior partido da oposição, Saimone Macuiane, asseverou que é o nosso entendimento, como Renamo, que nas próximas rondas, o trabalho só irá iniciar quando os facilitadores nacionais e observadores internacionais estiverem na mesa. Entendemos nós que, não havendo avanço, é fundamental que estejam na mesa para acompanharem o debate.
Na ocasião, Macuiane exigiu a presença do bispo Dom Dinis Sengulane e do Professor Doutor e reitor da Universidade Politécnica, Lourenço de Rosário, como facilitadores nacionais.
Contudo, hoje em Maputo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, fez marcha atrás afirmando a equipe da Renamo vai estar na segunda-feira no Centro de Conferências Joaquim Chissano. Porém, é bom que sejam acauteladas aquelas situações que nós estamos a exigir para que, efectivamente, o debate progrida. Não nos interessa e nem aos moçambicanos que tenhamos impasses permanentes e constantes.
Justificando a exigência do seu partido para a presença de observadores nacionais e estrangeiros, Mazanga, que falava em conferência de imprensa, disse que ninguém sabe exactamente o que é que está acontecer na mesa do diálogo, porque a versão reportada à imprensa pelos representantes de ambas as partes é contraditória.
Porque é que não podemos ter um elemento neutro e que possa vir dizer aos moçambicanos o que é que se está a passar, questionou Mazanga, para de seguida acrescentar nós queremos transparência, por isso convocamos outras pessoas para podermos nos entender. Se nós não tivermos razão eles vão dizer-nos.
Num outro desenvolvimento, o partido de Dhlakama defende que é dever do Governo moçambicano suportar todas as suas despesas enquanto decorre o diálogo entre as partes.
Desde que iniciamos as negociações, a nossa equipa desloca-se amiúde à Santujira. Nunca o Governo pagou uma 'quinhenta' (um único tostão) para suportar as nossas deslocações. Nós não estamos a tratar questões da Renamo e da Frelimo. Estamos a tratar matérias do Estado moçambicano, Por isso, o Governo deve pagar essas despesas disse.
Esta posição surge depois de, na semana passada, o Governo moçambicano ter manifestado a disposição de pagar as despesas da Renamo. Contudo, a Renamo recusou pronunciar-se sobre o assunto, exigindo uma resposta por escrito do governo.
A Renamo exige que o seu peso seja suportado pelo Estado para que exista um pé de igualdade, disse Mazanga, acrescentando que caso contrário, o Governo é que deverá deslocar-se ao encontro dos líderes da Renamo.
Convidado a pronunciar-se sobre quando é que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, estaria disposto a se reunir com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o porta-voz da Renamo retorquiu se depender da Renamo o encontro pode acontecer dentro em breve, pois queremos que este encontro, tal como os do Centro de Conferências Joaquim Chissano (CCJC), sejam frutíferos, porque eles são o garante da paz no país.
Sobre as matérias a serem discutidas no encontro entre Dhlakama e o estadista moçambicano, Mazanga fez referência a dois pontos, nomeadamente o pacote eleitoral porque está relacionado a democracia que é o alicerce de tudo, e o segundo ponto é a questão de defesa e segurança.
Contudo, Mazanga entende que o Governo aparenta não estar interessado num encontro entre o dirigente da Renamo e o Chefe de Estado.
O encontro entre eles deve ser o reflexo daquilo que está acontecer no CCJC. Não poder ser iniciado outro diálogo, deve haver avanços nesse encontro, de modo a garantirmos a existência de um ambiente pacífico nos corações dos moçambicanos, disse Mazanga.
Disse que o alcance de consensos entre as duas partes no diálogo é o garante da participação da Renamo nas autárquicas de 20 de Novembro.
Nós estamos no CCJC a procura de solução para esta questão de participar nas eleições. O nosso partido foi criado para participar nas eleições. O nosso desiderato é garantir que a democracia multipartidária prevaleça, mas conduzido por leis consensuais. É por isso que a nossa equipe continua no CCJC, disse o porta-voz do maior partido da oposição.
Afirmou que a Renamo está a envidar todos os esforços de modo a contribuir para o alcance de consensos, capaz de garantir a existência de um ambiente de pacífico no país.
Refira-se que a Renamo não se candidatou às eleições autárquicas de Novembro de ano corrente porque exige uma paridade na composição dos órgãos eleitorais.
A revisão da legislação eleitoral, despartidarização do aparelho do Estado, defesa e segurança e questões económicas, são os quatro pontos da agenda que a Renamo levou à mesa do diálogo com o Governo e que até agora tem sido caracterizado por impasses sucessivos.
(AIM)
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