Compatriotas,
Celebramos hoje 23 anos dos acordos de Roma, que colocaram ponto final a Guerra Civil, trazendo aos moçambicanos um alívio, e uma esperança aos novos desafios de reconstrução nacional e um Estado de Direito.
Celebramos hoje 23 anos dos acordos de Roma, que colocaram ponto final a Guerra Civil, trazendo aos moçambicanos um alívio, e uma esperança aos novos desafios de reconstrução nacional e um Estado de Direito.
Após a assinatura do Acordo Geral da Paz em Roma entrou-se para uma situação de silêncio das armas mas infelizmente de continuação de jogos dúbios e manobras que com o tempo se constituíram em verdadeiros factores de produção de crises e conflitos em Moçambique.
A paz, sossego, tranquilidade, estabilidade, progresso, desenvolvimento nacional que a maioria sonhou que se tornaria realidade com a assinatura histórica do fim das hostilidades entre o governo da Frelimo e a Renamo não se concretizaram.
A crise actual é a consequência do modo como os ex-beligerantes fazem a política, resultantes da má gestão e erros políticos, e como não há humildade, a arrogância assume o controlo, atraindo desta forma conflitos armados.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Lembrar de que em qualquer nação civilizada, em primeira instancia a responsabilidade primordial pela prevenção dos conflitos recai ao Governo, pois as medidas preventivas deviam ter sido tomadas no cumprimento dos Acordos de Paz, no ataque das causas estruturais profundas que estão frequentemente subjacentes aos sintomas políticos.
Uma estratégia de prevenção eficaz exige uma abordagem global, envolvendo todas as forças vivas da sociedade, pois prevenir é muito melhor e mais barato do que remediar, daí urge enfrentar os problemas de frente no lugar de menospreza-los.
Por outro lado, os custos de não prevenir a violência são enormes. Os custos humanos da guerra incluem não apenas o visível e o imediato – os mortos, os feridos, a destruição, a deslocação da população – mas também as repercussões distantes e indirectas nas famílias, nas comunidades, nas instituições nacionais e nas empresas, na economia e nas oportunidades de investimento que se perdem.
Por isso o país precisa de políticos responsáveis e cidadãos que não vivem na ilusão de “yes man ou dos lambe botas”, perpetuando a discriminação sistemática, desigualdades ou injustiças socioeconómicas, desrespeito pelos direitos humanos e diferendos ligados à participação política.
O País precisa de homens e mulheres não escravos do ‘sim, chefe’ bajuladores e cobardes. O nosso país tem pago um preço muito elevado pela cultura de bajulação e do medo, e de ser prisioneira de esquemas prefabricados.
O País precisa de adoptar mecanismos apropriados e eficazes para enfrentar os problemas, nomeadamente instituições que assegurem uma boa governação e o Estado de Direito Democrático, instituições democráticas interdependentes e uma imprensa livre das amarras partidárias.
Precisamos de alcançar a Paz, e para tal tudo deve ser feito para se educar para a Paz, o espetáculo diário das guerras, das tensões, das divisões, semeia dúvidas e quebram a confiança. Infelizmente os gestos de Paz das autoridades governamentais são irrisoriamente impotentes para mudar o rumo das coisas, devido a resistência de introduzir reformas necessárias para a convivência democrata.
Precisamos de alcançar a Paz, e para tal tudo deve ser feito para se educar para a Paz, o espetáculo diário das guerras, das tensões, das divisões, semeia dúvidas e quebram a confiança. Infelizmente os gestos de Paz das autoridades governamentais são irrisoriamente impotentes para mudar o rumo das coisas, devido a resistência de introduzir reformas necessárias para a convivência democrata.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
O cidadão moçambicano consciente não quer a guerra, nem apologia da guerra, nem os riscos da guerra ofensiva. O cidadão moçambicano quer que assuntos dos homens sejam tratados com humanidade e não por meio de violência; as tensões, os casos contenciosos e os conflitos devem ser compostos por negociações razoáveis, e não com a força; as oposições ideológicas devem confrontar-se num clima de diálogo e discussão livre; os interesses legítimos de determinados grupos devem ter em consideração também os interesses legítimos de outros grupos aos quais digam respeito e as exigências do bem comum; o recurso as armas para silenciar seja quem for, ou para procura de protagonismo muscular não deve ser instrumento para solucionar o conflito; temos que salvaguardar os direitos humanos em todas as circunstâncias; não se deve matar e nem tolerar matança para impor solução.
O cidadão moçambicano consciente não quer a guerra, nem apologia da guerra, nem os riscos da guerra ofensiva. O cidadão moçambicano quer que assuntos dos homens sejam tratados com humanidade e não por meio de violência; as tensões, os casos contenciosos e os conflitos devem ser compostos por negociações razoáveis, e não com a força; as oposições ideológicas devem confrontar-se num clima de diálogo e discussão livre; os interesses legítimos de determinados grupos devem ter em consideração também os interesses legítimos de outros grupos aos quais digam respeito e as exigências do bem comum; o recurso as armas para silenciar seja quem for, ou para procura de protagonismo muscular não deve ser instrumento para solucionar o conflito; temos que salvaguardar os direitos humanos em todas as circunstâncias; não se deve matar e nem tolerar matança para impor solução.
Gostaria de desafiar aqui as congregações religiosas para que deem maior contributo para educação da Paz e rezarem pela Paz o que requere acção corajosa e solidária, e que realizem gestos de Paz, dando o maior relevo possível às missões pacificas que impõem a família humana. Pois precisamos de consolidar instituições capazes de fazerem crescer a unidade da família humana.
Temos que por em prática a Paz que leva a Paz, buscar o tesouro da Paz, e oferecer esta dádiva o dia-a-dia a cada um de nós.
Termino clamando A Paz “ Bem-aventurados os artífices de Paz”.
Beira, 4 de Outubro de 2015
Daviz Simango
Daviz Simango
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