Morte de Samora Machel
Passam hoje, segunda-feira, 19 de Outubro, 29anos da fatídica noite em que o“Tupolev” russo, ao serviço daentão Presidência da RepúblicaPopular de Moçambique, hojeRepública de Moçambique, se despenhou nas colinas de Mbuzine, território sul-africano.
Quase três décadas passam, mas, até hoje, os moçambicanos ainda não sabem, no concreto, o que efectivamente causou a queda do avião presidencial, matando quase todos os ocupantes do “Tupolev”, incluindo o primeiro presidente do Moçambique Independente, Samora Moisés Machel.
Na altura, a África do Sul, estava a ser governada pelo regime segregacionista do apartheid e por causa das azedas relações entre àquele regime e quase todos os países da região, o dedo acusador apontou o território vizinho.
Os governantes moçambicanos disseram que foi o apartheid que conseguiu desviar a rota normal do avião presidencial até ao seu despenhamento em Mbuzine, isso porque Samora Machel publicamente assumia que era importante combater, com todas as energias, o regime do apartheid para que toda a África Austral fosse efectivamente independente.
Entretanto, não tardou aparecerem, com algum sustento argumentativo, centenas de outras versões, particularmente a que entende que não pode ter sido o apartheid sozinho a preparar e a executar, com sucesso, o seu plano. A ter sido o apartheid, ele só pode ter contado com uma “mão interna”, sabido que, pelo seu estilo de frontalidade e defesa dos interesses do povo, Samora tinha também um número considerável de inimigos internos, particularmente os que queriam “ser ricos à custa do povo”.
Relatórios recentes elaborados com base em testemunhas sul-africanas e moçambicanas, incluem na lista dos “inimigos internos” o antigo Presidente da República, Armando Guebuza.
A família de Samora Machel tem estado, reiteradamente, a pedir que as autoridades moçambicanas esclareçam urgente e definitivamente as reais causas da morte de Samora, mas, os apelos não tem encontrado resposta positiva por parte de quem de direito. Uma das filhas de Samora Machel disse recentemente que maior parte dos que planejaram a morte do pai continuam vivos, daí que deviam, enquanto vivos, esclarecer o que deve ser esclarecido.
mediaFAX, 19.10.2015
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