Em Moçambique, as forças de defesa e segurança terão descoberto e atacado o local onde se encontra o líder da RENAMO. O ataque aconteceu na madrugada desta sexta-feira (02.10) em Pindanganga, província de Manica.
Viatura queimada no ataque contra a caravana do líder da RENAMO em Manica, Moçambique (26.09)
Sofrimento Efraime Matequenha, da direção provincial da RENAMO, o maior partido da oposição na província central de Manica, disse que os soldados do exército nacional dirigiram-se logo pela manhã desta sexta-feira (02.10) ao local onde se encontra refugiado o líder do partido.
O membro do partido relata: "A informação que eu tive um bocado cedo, é de que as forças armadas, por volta das quatro e meia da madrugada, chegaram lá e começaram a fazer as suas ações militares. Finalmente, ouvi da população que me estava a telefonar que aqui na zona de Pindaganga havia tiroteio. Pensam que o líder da RENAMO esteja nessa área."
Há uma semana que se desconhece o paradeiro de Afonso Dhlakama, que saiu ileso de um ataque quando a sua caravana se envolveu num incidente no distrito de Gondola, província de Manica. A RENAMO considerou ter-se tratado de um ataque das forças moçambicanas de defesa e segurança.
Matequenha confirmou ainda à DW África que o líder da principal força política de oposição se encontra em Manica, e goza de boa saúde. E acrescentou que "quando os militares descobriram foram para lá em sete carros, um grande e seis pequenos."
Matequenha confirmou ainda à DW África que o líder da principal força política de oposição se encontra em Manica, e goza de boa saúde. E acrescentou que "quando os militares descobriram foram para lá em sete carros, um grande e seis pequenos."
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO
Polícia não sabe dos ataques
Contactado pela DW África, o porta-voz da polícia moçambicana em Manica, Vasco Matusse disse nao ter informação sobre este ataque à localidade de Pindanganga: "Eu não tenho informação em relação a isso. Assim que tiver, acho que não há segredo nenhum, poderei compartilhar. Mas por enquanto não tenho nenhuma informação."
Entretanto, a DW África entrevistou algumas pessoas que seguiam num autocarro que passou na manhã desta sexta-feira (02.10) pela estrada nacional número 6.
Eles garantiram que a situação era calma nessa rodovia, mas que ouviram relatos de novos confrontos no interior de Zimpinga.
Eles garantiram que a situação era calma nessa rodovia, mas que ouviram relatos de novos confrontos no interior de Zimpinga.
Inês da Conceição Elias conta: "Ouvimos dizer que estão a atacar mais no interior, no campo, e não na estrada."
João Joaquim Machado também conta o que ouviu: "Eu carreguei às nove e passei bem até chegar, só agora é que estou a ouvir aqui de que lá a situação é má."
Porta-voz da RENAMO fala de "consequências imprevisíveis"
Também em conferência de imprensa o porta-voz da RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), António Muchanga disse que "esta manhã, as tais forças combinadas, fazendo-se transportar em sete viaturas, chegaram a Chitaka, localidade de Mpindanhanga, distrito de Gondola, onde atacaram as populações locais, acusando-as de proteger o presidente Afonso Dhlakama".
Estas movimentações, prosseguiu Muchanga, resultaram em confrontos com as forças da RENAMO.
Segundo o porta-voz do partido da oposição, os sistemáticos e alegados atentados e ataques ao líder do movimento e outros membros do partido podem resultar em confrontos de maior proporção, com consequências imprevisíveis.
Segundo o porta-voz do partido da oposição, os sistemáticos e alegados atentados e ataques ao líder do movimento e outros membros do partido podem resultar em confrontos de maior proporção, com consequências imprevisíveis.
António Muchanga porta-voz da RENAMO
DW
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