Faltavam cerca de vinte minutos para o 12h (hora local) quando se encontraram no Gabinete da Presidência da República para ratificar o acordo de cessar-fogo. O fim das hostilidades no país ficou marcado com uma assinatura e um abraço.
A cerimónia, que marca um dos momentos mais importantes da política moçambicana, foi iniciada por Lourenço de Rosario e terminou com uma assinatura e um abraço entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o Líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama.
Ainda nesta cerimónia, Afonso Dhlakama agradeceu aos diplomatas que participaram neste processo e fez votos para o sucesso deste acordo.
“Agradeço aos diplomatas, embaixadores de Portugal, Estados Unidos e Inglaterra, que se empenharam muito para este processo e para a minha segurança neste país”, disse o Líder da Renamo, acrescentando que tem a expectativa que este acordo “abra muitos caminhos”.
“Agradeço aos diplomatas, embaixadores de Portugal, Estados Unidos e Inglaterra, que se empenharam muito para este processo e para a minha segurança neste país”, disse o Líder da Renamo, acrescentando que tem a expectativa que este acordo “abra muitos caminhos”.
Armando Guebuza, por seu turno, salientou nesta cerimónia que sempre se sentiu confiante no sucesso do diálogo entre Governo e Renamo.
“Sabíamos que íamos nos entender no dialogo (…). Mesmo no desespero esperamos pacientemente e firmemente. (…) No diálogo todas as nossas preocupações são atendidas. (…) Não podíamos resolver nada com as forças militares ”, disse o Presidente, que garantiu ainda a criação de um Fundo da Paz, que visa formar e viabilizar a reintegração dos militares desmobilizados da Renamo.Depois dos discursos, os dois líderes políticos decidiram marcar o momento tirando uma fotografia numa sala decorada com um quadro de Malangatana, um dos maiores artistas plásticos moçambicanos.
Este acto irá permitir que Afonso Dhlakama participe na campanha eleitoral, já em curso, para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais) de 15 de Outubro.
De recordar que a crise político-militar, que provocou um número indeterminado de mortos e de feridos, foi desencadeada por divergências sobre a lei eleitoral e em torno do desarmamento do braço armado da Renamo.
Afonso Dhlakama chegou quinta-feira à capital do país, onde foi recebido por milhares de simpatizantes do partido no Aeroporto Internacional de Maputo, diante de um forte cordão de segurança dividido entre as autoridades moçambicanas e os seguranças do líder do partido.
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