Acordo de cessar-fogo
O Governo e a Renamo estiveram reunidos, esta segunda-feira, em mais uma ronda de diálogo político. Em cima da mesa estavam documentos visando a criação de bases para a entrada em acção dos observadores militares internacionais.
Na ronda 77 do diálogo político, as partes estiveram a analisar os relatórios dos peritos militares sobre a missão de observadores que vai supervisionar a implementação da Lei de Cessar-fogo.
“Os nossos peritos militares reuniram-se recentemente com os adidos militares dos países observadores e apresentaram algumas questões relevantes de procedimento, que são de praxe neste tipo de missões, e nós, junto do governo, estamos a procurar harmonizar esses pontos”, referiu Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo, na explicação do que estava em jogo na sessão de ontem.
Segundo o governo, o processo decorre dentro da normalidade, mas precisa de ser acelerado, para que a implementação dos acordos contidos na lei seja fechada ainda este ano. “Estamos a trabalhar de forma a fazer com que os nossos observadores comecem rapidamente a trabalhar(…). O desafio agora é que o processo seja acelerado, de forma a que até ao final deste ano possamos concluir os restantes dois pontos que compõe a agenda do diálogo”, disse José Pacheco, chefe da delegação do governo.
Neste momento já estão em Maputo os observadores militares do Botswana e do Zimbabwe, que fazem parte dos nove países convidados. “As equipas estão a chegar. Estamos à espera que nos próximos dias cheguem as de Cabo Verde e de todos outros países”, disse Pacheco, para quem “os que chegaram já podem trabalhar com as contrapartes militares, nomeadamente do governo e da Renamo. Estão criadas as condições para se iniciar com o trabalho”.
Para além destes dois países, integram o grupo de observadores militares internacionais que vão monitorar a desmilitarização e o desarmamento das forças residuais da Renamo.
Apelo ao regresso a casa
Os negociadores-chefes do governo e da Renamo no diálogo político exprimiram, ontem, mensagens de sossego para as centenas de famílias refugiadas no centro de acomodação de Nhataca II, no distrito de Gorongosa, sobre o fim das hostilidades militares.
Naquele centro, encontram-se cerca de 300 pessoas que fugiram das suas casas no decurso da tensão militar que marcou os últimos meses, e que, apesar do cessar-fogo, continuam com receio de voltar a casa.
“O que podemos dizer é que as hostilidades acabaram e as pessoas podem voltar a casa e circular à vontade”, disse José Pacheco.
O País
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2 comments:
Nesta dia guerra a Frelimo mostrou o quanto fazia nos restantes momentos de guerra, matar de qualquer maneira a inocentes, principalmente jovens que nem faziam parte das forças da Renamo, muita gente desapareceu, Renamo tinha o trabalho de proteger aos inocentes. Acontecer dentro de meses e não esquecemos, agora está pedir que votemos para dar continuidade com das políticas de Guebuza, não há está brincadeira vossa força de ser nos marcou e não vamos aceitar que sejamos governados por pessoas assim.
No dia 15 isso pode ser mudado com o voto!
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