Os banhos de multidão de que tem beneficiado Afonso Dhlakama, desde que saiu da clandestinidade, são a prova mais completa do estrondoso falhanço dos pobres patetas que compõem o chamado Grupo dos 40, ou G40. E posso tratá-los assim porque eles não admitem que tal grupo exista e, portanto, não estou a ofender ninguém.
Na verdade, dizem as más línguas, o tal grupelho (ine- xistente) foi criado para fazer subir a imagem do Chefe de Estado, que estava a cair para níveis baixíssimos. Paralelamente, o G40 teria sido encarregado de diabolizar a imagem da Renamo e do seu dirigente Afonso Dhlakama. E surgiram comparações com os Boko Haram da Nigéria. E foi ressuscitada a designação de “bandidos armados”. Ora,ao queparece,todas estas estratégias tiveram o destino trágico do Titanic. Isto é, foram ao fundo enquanto a orquestra de bordo tocava.
E, no meio da cacofonia dos académicos G40, a aplaudirem num dia o que tinham condenado, absolutamente, na semana anterior, estamos hoje com a popularidade de Armando Guebuza pelas ruas da amargura, arrastando para o fundo o candidato do partido Frelimo, sem força para se separar daquele peso negativo.
Pelo contrário, aquele que foi retratado como um bandido sanguinário, que matava os seus próprios possíveis eleitores, à beira da morte devido a uma qualquer misteriosa doença que o debilitava completamente, aparece a público cheio de vigor e boa disposição, recebido por uma importante parte da comunidade internacional e, especialmente, sempre cercado de uma impressionante moldura humana. Mais completo fracasso numa campanha de propaganda não me recordo de ter assistido ao longo da vida.
Mas a razão desse fracasso é a mesma do fracasso da maioria do resto da governação. Armando Guebuza cercou-se de gente medíocre, com medo de que lhe fizessem sombra. E gente medíocre produz resultados medíocres. Como se está a verificar. E os (inexistentes) G40, com os seus mentores (também inexistentes, é claro...) são um dos pontos mais altos nesta cordilheira de medíocre incompetência que atravessou o nosso país nos últimos 10 anos, mas com predominância nos últimos cinco.
Talvez um dia saibamos quanto custou ao país, em termos financeiros, esta brincadeira dos G40. Mas isso só irá acontecer se o trabalho abnegado desses 40 palhaços levar ao previsível desastre eleitoral dos seus patrões.
A ver vamos...
Machado da Graça, SAVANA – 19/09/14
Machado da Graça, SAVANA – 19/09/14
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