A AMM endereçou, esta sexta-feira, ao Presidente da República, Armando Guebuza, uma carta de duas páginas, na qual refere que, contrariamente ao que aconteceu nos outros sectores profissionais, ao longo dos anos, as condições de trabalho dos médicos deterioram-se acentuadamente devido à falta de medicamentos e equipamentos nas unidades sanitárias, péssimas condições de trabalho e de habitação, salários baixos, dentre outras anomalias.
Na missiva, assinada por 84 reputados médicos moçambicanos - entre eles o antigo Primeiro Ministro Dr. Pascoal Mocumbi, o Dr. Hélder Martins, o Dr. Rui Bastos, a Dra. Fernanda Machungo, a Dra. Ana Graça, a Dra. Fernanda Neves, o Dr. Avertino Barreto -, a classe médica diz que está perplexa e indignada com a coação, intimidação, demissão e repressão exercida sobre os profissionais de saúde envolvidos na greve, “medidas estas totalmente contraditórias com o reconhecimento da sua legitimidade, não aceitáveis num Estado de Direito e que só contribuem para o agravamento da situação”.
Na mesma carta repudia-se a recente detenção do presidente da AMM, Jorge Arroz, acusado de sedição e deplora-se igualmente o facto de haver alguns órgãos de comunicação e dirigentes que promovem campanhas de desinformação na tentativa de minimizar a gravidade da situação da greve e ocultar os problemas existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNA).
No mesmo documento refere-se também que o recurso a estudantes de Medicina, de Enfermagem, socorristas e voluntários é perigoso e enganoso, podendo levar a erros graves e irreparáveis, pois não é o simples uso de uma bata branca que confere as habilidades e as competências para o exercício da profissão de cuidar doentes e salvar vidas.
Manguele suspende formação de pós-graduação
Entretanto, o ministro da Saúde, Alexandre Manguele, suspendeu temporariamente, com efeitos imediatos, a formação de pós-graduação nas unidades sanitárias do SNS supostamente devido à scassez de recursos humanos, materiais e financeiros que afectam gravemente a qualidade da formação nessa área.
Entretanto, o ministro da Saúde, Alexandre Manguele, suspendeu temporariamente, com efeitos imediatos, a formação de pós-graduação nas unidades sanitárias do SNS supostamente devido à scassez de recursos humanos, materiais e financeiros que afectam gravemente a qualidade da formação nessa área.
As medidas tomadas por Manguele inibem também a afectação dos médicos “em pós-graduação em qualquer unidade sanitária do SNS de todo o país e visam reorganizar os serviços e as criação de condições para a formação de quadros”.
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