Um relatório divulgado no início de outubro pelo Banco Mundial coloca Moçambique entre os dez países do mundo com maior proporção de pobreza e com maior número de pobres. Segundo o documento, o país tem pelo menos 15 milhões de pessoas a viver em pobreza extrema, o equivalente a quase 60% da população moçambicana. No Índice Global da Fome de 2016 Moçambique também aparece na lista das 50 nações com as piores taxas, na 15ª posição.
O país carece de programas que incentivem atividades básicas como a pesca e a agricultura, afirma o representante da Liga das Organizações Não-Governamentais de Moçambique, Manuel do Rosário.
"Sabemos que grande parte da comunidade é pobre e vive basicamente da prática da agricultura e, em algumas zonas, da pesca. E não há programas que impulsionem estas atividades."
De acordo com Manuel do Rosário, esses programas "são substituídos pela dinâmica capitalista", que é "dominada pela exploração de recursos naturais, focalizados na exploração do gás e petróleo, entre outras fontes, que geram dinheiro mas não beneficiam necessariamente as comunidades locais."
O país carece de programas que incentivem atividades básicas como a pesca e a agricultura, afirma o representante da Liga das Organizações Não-Governamentais de Moçambique, Manuel do Rosário.
"Sabemos que grande parte da comunidade é pobre e vive basicamente da prática da agricultura e, em algumas zonas, da pesca. E não há programas que impulsionem estas atividades."
De acordo com Manuel do Rosário, esses programas "são substituídos pela dinâmica capitalista", que é "dominada pela exploração de recursos naturais, focalizados na exploração do gás e petróleo, entre outras fontes, que geram dinheiro mas não beneficiam necessariamente as comunidades locais."
Conflito político-militar prejudica desenvolvimento
Além disso, Manuel do Rosário aponta o conflito político-militar vivido nos últimos anos como outro obstáculo ao desenvolvimento em Moçambique.
Os confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e homens armados do maior partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) "desencorajam o investimento, a mobilidade humana, a transação de bens e os serviços. Grande parte das pequenas e médias empresas em diversas províncias estão a quebrar por conta não só do problema da dívida pública, mas também por causa da instabilidade político-militar. Não dá garantias para investimentos privados, públicos ou qualquer outra parceria para o desenvolvimento."
O representante da Liga das ONG em Moçambique sublinha que a questão da pobreza não pode ser dissociada da soberania do Estado. Segundo Manuel do Rosário, "o respeito das leis, da Constituição da República e a questão da inclusão são elementos fundamentais para as estretégias dedesenvolvimento do país."
DW
Os confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e homens armados do maior partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) "desencorajam o investimento, a mobilidade humana, a transação de bens e os serviços. Grande parte das pequenas e médias empresas em diversas províncias estão a quebrar por conta não só do problema da dívida pública, mas também por causa da instabilidade político-militar. Não dá garantias para investimentos privados, públicos ou qualquer outra parceria para o desenvolvimento."
O representante da Liga das ONG em Moçambique sublinha que a questão da pobreza não pode ser dissociada da soberania do Estado. Segundo Manuel do Rosário, "o respeito das leis, da Constituição da República e a questão da inclusão são elementos fundamentais para as estretégias dedesenvolvimento do país."
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