“O Acordo foi bem negociado mas teve a infelicidade de ser mal implementado. Portanto, 24 anos depois existe o reconhecimento de que há aspectos que não foram devidamente tratados, entretanto identificados e acredito que os passos a seguir são de correcção”,palavras de Raul Domingos, negociador-chefe do AGP pela Renamo.
Acrescentou que entre os aspectos não implementados e que agora põem em causa a paz está a questão da despartidarização do Estado com particular enfoque para as Forças de Defesa e Segurança, a inclusão política económica e social e, por fim, a reconciliação nacional.
“Vários são os aspectos determinantes para a não implementação efectiva do acordo, o principal é a falta de vontade política. Enquanto tivermos um grupo que se auto-proclama legítimo representante do povo moçambicano nunca haverá paz. É preciso aceitar que Moçambique é um país de diversidades e todos os moçambicanos têm iguais direitos e deveres, assim como admitir que Moçambique é um Estado de direito democrático, multipartidário, sendo possível a alternância do poder”,explicou Raul Domingos.
Para ele, os ataques da Renamo revelam a falta de diálogo efectivo uma vez este não ter produzido até ao momento resultados palpáveis e conducentes ao restabelecimento da paz.
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