Friday, 14 October 2016

Cimeira CPLP: Cabo Verde deverá insistir na necessidade de resolver problema da circulação de pessoas no espaço lusófono

Cabo Verde vai insistir durante a próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que começa a 31 de Outubro, na necessidade de resolver o problema da circulação de pessoas dentro do bloco lusófono. 
A ideia foi avançada hoje pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que deverá representar Cabo Verde na cimeira, que se realiza no Brasil.
O chefe de Estado cabo-verdiano, que dia 20 de Outubro toma posse para um segundo mandato, adiantou que "perante a insistência" do Presidente brasileiro Michel Temer no convite, "em princípio" estará presente no encontro, que acontece numa altura em que a comunidade comemora 20 anos de existência.
"A cimeira assinala uma data importante. A CPLP precisa de uma avaliação objectiva e desapaixonada do que tem feito e, se pretender ser no futuro uma instância mais competitiva, mais relevante no plano internacional, deve dar um salto e deve haver um empenho forte e claro de todos os seus membros para que a comunidade seja útil, seja relevante, seja visível", disse Jorge Carlos Fonseca.
O chefe de Estado cabo-verdiano ressalvou que vai ainda "trocar impressões" com o Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva e com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, sobre os temas a levar à cimeira, mas adiantou que a circulação das pessoas "será uma questão importante".
"Só nos sentimos membros de uma comunidade se ela se tornar numa comunidade de cidadãos, de povos e, nomeadamente, tem que se arranjar uma maneira, com criatividade, com imaginação, apesar dos constrangimentos, de resolver o problema da circulação das pessoas", disse Jorge Carlos Fonseca.
A cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai decorrer em Brasília a 31 de Outubro e 1 de Novembro.
A cimeira da CPLP realiza-se de dois em dois anos e, normalmente, em Julho (mês em que foi criada a organização), mas a instabilidade política no Brasil levou ao adiamento do encontro.
Durante esta cimeira deverá ser aprovada a nova visão estratégica da CPLP, que este ano comemora 20 anos, prevendo uma maior aposta na vertente económica e empresarial.
Nesta reunião deverá também terminar o seu mandato o actual secretário-executivo, o moçambicano Murade Murargy, ao fim de quatro anos à frente da organização, sucedendo-lhe Maria do Carmo Silveira, indicada por São Tomé e Príncipe.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.



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