A RENAMO convocou a Imprensa, ontem em Maputo, para se distanciar dos ataques perpetrados sábado ultimo por grupos de homens armados contra um autocarro de transporte colectivo de passageiros e um camião cisterna de combustível no posto administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava em Sofala e que resultou na morte de três civis e igual número de feridos.
Na quinta-feira última, militantes da Renamo atacaram um posto policial em Muxúnguè matando quatro agentes da Forca de Intervenção Rápida e ferindo com certa gravidade outros tantos, alguns dos quais tiveram que ser evacuados para tratamento no Hospital Central da Beira.
Em comunicado lido pelo chefe do departamento de defesa e segurança, Ussufo Momad a Renamo acusa a Forca de Intervenção Rápida e as Forcas Armadas de Defesa de Moçambique de estarem a descarregar sobre civis com o intuito de responsabilizarem o seu partido.
“Desde já informamos os moçambicanos e à comunidade internacional que os desmobilizados da Renamo jamais atacariam civis. O alvo está bem identificado; é aquele que nos ataca, que rouba bens da população, ocupa as nossas sedes, prende os nossos irmãos”, disse Ussufo Momad, aconselhando que os moçambicanos a se absterem de utilizar o troco Save/Muxúnguè até que a situação esteja alegadamente normalizada.
Ussufo Momade afirma que a Renamo é amante da paz, mas que não teme a guerra e adverte que de ora em diante os desmobilizados de guerra vão retaliar a qualquer ataque que sofrerem por parte da Polícia, não somente no lugar onde tal ataque tiver lugar, mas sim em todo o país, incluindo a cidade de Maputo.
“Apelamos aos moçambicanos e à comunidade internacional para estarem atentos aos próximos desenvolvimentos”, ameaçou.
Entende ainda que os desmobilizados da luta pela democracia não devem continuar a assistir a Polícia a massacrar o povo, a reprimir com violência as manifestações alegadamente pacificas dos vários tecidos sociais.
“Nós, desmobilizados residentes na cidade e província de Maputo tomamos o ataque a Muxúnguè como ataque a Renamo, do Rovuma ao Maputo. As ameaças de caca ao homem anunciadas pelo vice-ministro do Interior terão uma resposta pronta no teatro das operacoes”, disse o chefe do departamento de defesa e segurança.
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