O porta-voz do Gabinete Central das Eleições do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José de Sousa, diz que a sociedade civil, em Moçambique, é constituída por pessoas, na sua maioria, ligadas ao partido Frelimo, e que estes trabalham a reboque deste.
Falando ao @Verdade em torno do processo da instalação das comissões provinciais de eleições, que culminou com a eleição dos supostos militantes activos do partido Frelimo para membros, com destaque para a província da Zambézia, De Sousa disse que o sentimento do seu partido é de “desalento e de grande frustração em relação a essa situação”.
É que, para o nosso entrevistado, o caso registado na província da Zambézia, e outros similares que ocorrem em todo o País, apenas veio confirmar que o MDM e outros que defendem que em Moçambique não há sociedade civil sempre estiveram certos. “Está claro que o partido no poder faz de tudo para, através da sociedade civil, incluir os seus membros nas diferentes comissões de eleições”, diz De Sousa, para quem as associações, ditas da sociedade civil, deviam ter um mínimo de sensatez e não nomear para as comissões provinciais de eleições indivíduos em situação clara de conflito com a lei.
Para De Sousa, a situação que se verificou na província de Zambézia é o “extremo da desorientação das associações envolvidas. É vergonhoso que as organizações da sociedade civil, conhecendo a Lei e a situação de incompatibilidade dos seus candidatos, tenham avançado com o processo”.
A Verdade
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