Está ameaçada a continuidade da disputa do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola, edição 2013. Segundo apurou o @Verdade junto de fontes fidedignas, esta decisão já foi tomada no início da noite desta terça-feira (09), por unanimidade, por 13 clubes do certame – excepto o ausente HCB de Songo – reunidos na sede do Clube Ferroviário de Maputo, na baixa da cidade.
Todavia, a mesma só será tornada pública nesta quarta-feira (10). A ser concretizada, esta decisão será única na história do futebol moçambicano e surgirá em resposta ao despacho da ministra do Trabalho, Helena Taipo, que decretou de “trabalhadores ilegais” todos os treinadores e jogadores estrangeiros ao serviço dos clubes que militam no Moçambola.
Aliás, a ministra quer que cada clube tenha no máximo dois estrangeiros, condição que constitui um ataque severo às regras da Federação Moçambicana de Futebol que, sob a esteira da FIFA, determinam que cada clube tenha nas suas fileiras cinco estrangeiros e três num só jogo.
Indo mais longe, esta disposição da ministra do Trabalho, segundo a nossa fonte presente na referida reunião, entra também em choque com as regras da FIFA que proíbem a ingerência da política no futebol. “Já demos entrada da queixa à FIFA e Moçambique corre um sério risco de ser suspenso de todas as actividades internacionais, como por exemplo qualificar-se para um CAN ou Mundial.
Mas enquanto aguardámos pela resposta sensata daquele organismo internacional, nós vamos paralisar o campeonato nacional por tempo indeterminado” assegurou a fonte. Esta paralisação do Moçambola, caso seja anunciada, terá efeitos imediatos a partir da próxima jornada, essa que deveria ser disputada a partir de sábado próximo (13).
Ainda assim, a Liga Muçulmana poderá nesta quarta-feira (10) defrontar o Ferroviário da Beira, visto que aquele clube se encontra na segunda maior cidade do país desde a noite da última segunda-feira (08).
A conferência de imprensa dos clubes está marcada para às 12 horas desta quarta-feira no Hotel 2001, na cidade de Maputo.
David Nhassengo, A Verdade
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