O ambiente está ao rubro e de consequências desconhecidas. Os que julgam que dominam os dossiers em causa podem estar a fazer leituras desfasadas da realidade actual. Quem conta com o desgaste do outro, com a fraqueza do outro, com a sua própria supremacia militar e policial pode estar equivocado. Quem conta com a cooperação e assistência militar dos vizinhos e com alguma concertação diplomática visando isolar o adversário político de hoje, pode estar a elaborar em pressupostos não tão firmes como se pode entender ou parecer.
Moçambique é uma realidade política e económica complexa em que vários
actores se fazem presente simultaneamente. A simples ausência física de uns não
quer dizer ou significa a sua inexistência no contexto nacional.
Aquela realidade que mostra um governo possuidor de dispositivos militares
e policiais de nomeada, com a capacidade de dissuadir ou confrontar-se com
êxito com supostos adversários militares, provenientes da ex-guerrilha
comandada pela Renamo e uma assumpção que merece uma análise cuidadosa, tendo
em conta a real dimensão e capacidade das forças governamentais.
Paira no horizonte nacional uma vontade ou endurecimento de posições
colocando em risco o diálogo aconselhado por várias correntes da sociedade.
De ambos os lados, entre os ex-beligerantes, resumem-se acções que
prenunciam preparativos para a confrontação military.
Noé Nhantumbo, Canalmoz. Leia aqui.
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