O MDM, o terceiro maior partido de Moçambique, condenou o Governo por ter recorrido "abusivamente" à polícia no ataque à Renamo, no centro do país, levando aquele partido a retaliar e a ameaçar com uma nova guerra civil.
Três pessoas morreram e duas ficaram feridas no sábado num ataque a um autocarro e a um camião por homens armados supostamente da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido a oposição, em Muxúnguè, centro de Moçambique.
O ataque de sábado seguiu-se à morte na quinta-feira de quatro membros da Força de Intervenção Rápida (FIR), a polícia antimotim moçambicana, e de 10 feridos, durante uma suposta retaliação da Renamo a uma invasão da sede do partido em Muxúnguè e detenção de dezenas de membros seus.
Em comunicado distribuído à imprensa, o MDM (Movimento Democrático de Moçambique) responsabiliza o Governo pela tensão que se vive no país por supostamente ter recorrido abusivamente à polícia no ataque à sede da Renamo, provocando a reação dos antigos guerrilheiros do movimento.
"O MDM condena veementemente o uso abusivo das forças da lei e ordem para a perturbação da tranquilidade pública em Muxúngué, onde filhos de moçambicanos morreram e outros tantos se encontram gravemente feridos", refere a nota do terceiro maior partido moçambicano.
O MDM critica igualmente o Governo por ter violado a liberdade de reunião e de manifestação, ao atacar e dispersar os membros da Renamo que se encontravam na sede do partido, gerando depois o contra-ataque do partido de Afonso Dhlakama.
"Em Moçambique, ainda há espaço para o diálogo, o diálogo deve prevalecer e não é por incompetência, arrogância e incapacidade de indivíduos que os moçambicanos devem morrer feito animais", refere o comunicado.
Lusa
No comments:
Post a Comment