Como falar com Dhlakama depois do cerco e invasão e cerco do dia 9?
- No encontro, este domingo, com os bispos e arcebispos católicos, o PR anunciou que tem estado a tentar falar com Dhlakama, mas “está difícil”
A pedido dos bispos católicos de Moçambique, o Presidente da República (PR), Filipe Jacinto Nyusi, reuniu-se, na manhã deste domingo, nas instalações da Presidência da República, com aquele grupo de clérigos.
Os bispos queriam manifestar diante do Presidente da República, a sua inquietação e preocupação em torno do rumo, bastante nebuloso e perigoso, que o país vem tomando nos últimos tempos.
Mais preocupante ainda é o ambiente que se vive depois que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) decidiram (ainda não se sabe claramente de onde veio a ordem), cercar, invadir e desarmar a guarda armada de Afonso Dhlakama, acção que fez com que, um dia depois, o líder da Renamo desaparecesse completamente da circulação, não se sabendo, até aqui, o real paradeiro do líder da Renamo.
Deve ser exactamente por causa do desaparecimento de Dhlakama, que Filipe Nyusi não conseguiu, na busca de respostas para responder à preocupação que acabava de ser apresentada pelos bispos católicos, disfarçar e esconder a preocupação e o dilema com o qual actualmente se debate.
Sem explicar exactamente o tipo de informações, dificuldades e contornos da busca de mecanismos para dialogar com Dhlakama, Filipe Nyusi disse publicamente e em tom audível que “está a ser difícil”. Ou seja “está a ser difícil” falar com Afonso Dhlakama que, apesar de ser um interlocutor válido na busca da paz, na manhã de 9 de Setembro foi cercado e publicamente humilhado durante a acção das Forças de Defesa e Segurança.
Nessa altura, apesar de constitucionalmente ser o Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, colocou-se forte possibilidade de a acção ter acontecido fora dos comandos e conhecimento de Filipe Nyusi. Sim ou não, o Presidente da República ainda não aceitou comentar publicamente sobre os contornos que ditaram a acção das Forças de Defesa e Segurança. O que é certo é que agora está a ser difícil falar com Afonso Dhlakama, o já eternizado dirigente da Renamo.
“Tentei na semana passada, uma vez mais, um encontro para podermos falar, mas não foi possível” – reconheceu Filipe Nyusi, instantes depois de directamente ter pedido que os bispos ajudassem na localização de Afonso Dhlakama.
Depois da acção das Forças de Defesa e Segurança no dia 9 de Setembro (menos de 24 horas depois de Dhlakama ter sido “resgatado” nas matas da Gorongosa”, analistas disseram que o clima de confiança entre as duas partes tinha caído para praticamente zero e qualquer reativação de diálogo tinha que ser antecedida pela restauração do clima de confiança entre as partes.
Uma das coisas que os bispos católicos disseram ao PR é que definitivamente não podiam manter-se calados perante a deterioração da situação política e militar e consequentemente da deterioração das condições de vida de milhares de moçambicanos. Para estes, os políticos precisam, a título urgente, resolver cabalmente os actuais problemas do país, sob o risco de despertarmos bastante tarde.
Os bispos queriam manifestar diante do Presidente da República, a sua inquietação e preocupação em torno do rumo, bastante nebuloso e perigoso, que o país vem tomando nos últimos tempos.
Mais preocupante ainda é o ambiente que se vive depois que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) decidiram (ainda não se sabe claramente de onde veio a ordem), cercar, invadir e desarmar a guarda armada de Afonso Dhlakama, acção que fez com que, um dia depois, o líder da Renamo desaparecesse completamente da circulação, não se sabendo, até aqui, o real paradeiro do líder da Renamo.
Deve ser exactamente por causa do desaparecimento de Dhlakama, que Filipe Nyusi não conseguiu, na busca de respostas para responder à preocupação que acabava de ser apresentada pelos bispos católicos, disfarçar e esconder a preocupação e o dilema com o qual actualmente se debate.
Sem explicar exactamente o tipo de informações, dificuldades e contornos da busca de mecanismos para dialogar com Dhlakama, Filipe Nyusi disse publicamente e em tom audível que “está a ser difícil”. Ou seja “está a ser difícil” falar com Afonso Dhlakama que, apesar de ser um interlocutor válido na busca da paz, na manhã de 9 de Setembro foi cercado e publicamente humilhado durante a acção das Forças de Defesa e Segurança.
Nessa altura, apesar de constitucionalmente ser o Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, colocou-se forte possibilidade de a acção ter acontecido fora dos comandos e conhecimento de Filipe Nyusi. Sim ou não, o Presidente da República ainda não aceitou comentar publicamente sobre os contornos que ditaram a acção das Forças de Defesa e Segurança. O que é certo é que agora está a ser difícil falar com Afonso Dhlakama, o já eternizado dirigente da Renamo.
“Tentei na semana passada, uma vez mais, um encontro para podermos falar, mas não foi possível” – reconheceu Filipe Nyusi, instantes depois de directamente ter pedido que os bispos ajudassem na localização de Afonso Dhlakama.
Depois da acção das Forças de Defesa e Segurança no dia 9 de Setembro (menos de 24 horas depois de Dhlakama ter sido “resgatado” nas matas da Gorongosa”, analistas disseram que o clima de confiança entre as duas partes tinha caído para praticamente zero e qualquer reativação de diálogo tinha que ser antecedida pela restauração do clima de confiança entre as partes.
Uma das coisas que os bispos católicos disseram ao PR é que definitivamente não podiam manter-se calados perante a deterioração da situação política e militar e consequentemente da deterioração das condições de vida de milhares de moçambicanos. Para estes, os políticos precisam, a título urgente, resolver cabalmente os actuais problemas do país, sob o risco de despertarmos bastante tarde.
Nyusi foge com o rabo à seringa
Anda na busca de respostas para a preocupação única apresentada pelos bispos (deterioração do ambiente político e militar), o Presidente da República, além de reconhecer as dificuldades com as quais se depara para reunir-se com Dhlakama, tentou encontrar subterfúgios para sair do embaraço. Disse, por exemplo, que o problema do país não era só a guerra porque se só fosse esse o problema, sentaria com Dhlakama para a resolução do mesmo. Mas, mesmo resolvendo a questão da guerra, o país tem, na opinião do presidente, outros problemas, a exemplo da falta do transporte, da estratificação social, da falta de habitação e de outras condições sociais provocadas, segundo Nyusi, por calamidades naturais.
Verdade é, mas a preocupação dos bispos tinha essencial e particularmente a ver com a deterioração do ambiente político e consequentemente o aparecimento de sinais de eclosão de mais um cenário de conflito armado. É em torno disso que Nyusi decidiu simplesmente reiterar que estava a enfrentar dificuldades.
“Quero falar com Dhlakama mas não está a ser possível. Da experiência que tive, foi bastante produtivo. Em duas horas, no primeiro encontro, e uma hora, no segundo encontro. Acredito que falando é muito mais fácil”- reconheceu o PR, sem saber, entretanto, como localizar o líder da Renamo.
Disse também que o documento apresentado pelos bispos católicos apresentava somente dificuldades, ou seja, o que está mal. Não apresentava, no entender de Nyusi, os caminhos a seguir para se ultrapassar o mal, apesar de os bispos terem apelado as partes a retomarem urgentemente o diálogo.(Raf. Ricardo e Redacção)
Verdade é, mas a preocupação dos bispos tinha essencial e particularmente a ver com a deterioração do ambiente político e consequentemente o aparecimento de sinais de eclosão de mais um cenário de conflito armado. É em torno disso que Nyusi decidiu simplesmente reiterar que estava a enfrentar dificuldades.
“Quero falar com Dhlakama mas não está a ser possível. Da experiência que tive, foi bastante produtivo. Em duas horas, no primeiro encontro, e uma hora, no segundo encontro. Acredito que falando é muito mais fácil”- reconheceu o PR, sem saber, entretanto, como localizar o líder da Renamo.
Disse também que o documento apresentado pelos bispos católicos apresentava somente dificuldades, ou seja, o que está mal. Não apresentava, no entender de Nyusi, os caminhos a seguir para se ultrapassar o mal, apesar de os bispos terem apelado as partes a retomarem urgentemente o diálogo.(Raf. Ricardo e Redacção)
MEDIAFAX – 09.11.2015, no Moçambique para todos
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