Centenas de famílias do distrito de Homoine, província de Inhambane, sul de Moçambique, fugiram das suas residências esta sexta-feira temendo ataques de homens armados vistos no local e que se acredita serem da Renamo, maior partido da oposição no país e antigo movimento rebelde.
Segundo noticiou a televisão privada STV, trata-se de famílias residentes nas localidades de Fanha Fanha e Pende, que fugiram destes locais para a
vila sede do distrito, onde procuram abrigo seguro. Parte considerável destas famílias passou a noite desta sexta-feira ao relento.
“Não dormimos em casa porque temos medo de ataques”, disse uma cidadã, em entrevista a STV, anotando haver vários homens armados na sua localidade, que durante a guerra dos 16 anos movida pela Renamo contra o governo da Frelimo tinha uma base da Renamo.
“Vimos soldados que dizem ser da Renamo, uns estão armados outros não. Não fazem nada a ninguém e nem roubam a ninguém. Quando vão às residências compram bens com o seu dinheiro, mas nós temos medo que se possa repetir o que aconteceu durante a guerra” )de 16 anos, terminada em 1992), acrescentou ela.
De acordo com os entrevistados, os referidos homens armados dizem ter “uma actividade” a realizar naquelas localidades durante três meses.
As imagens da STV mostraram diversas carrinhas de caixa aberta transportando pessoas com os seus respectivos bens dessas localidades para a vila sede. De acordo com a publicação, o movimento de chegada de pessoas foi notório durante o dia e até por volta das 22 horas de sexta-feira.
A ser vedade, este é o primeiro caso de presença de homens armados da Renamo na região sul de Moçambique.
Caso contrário é o da região centro do país, particularmente a província de Sofala, que nos últimos meses tem sofrido ataques da Renamo que já resultaram em dezenas de vítimas e destruição de diversas infra-estruturas.
Ainda no seu noticiário de hoje, a STV disse que diversos residentes do distrito de Gorongosa estão a fugir das suas residências devido a intensificação de ataques de homens da Renamo a alvos civis e militares.
Fonte:Rádio Mocambique/AIM - 04.01.2014
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