A cidade moçambicana da Beira reformulou 900 nomes de avenidas e ruas ao aprovar a nova toponímia com 30 votos a favor, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que gere a autarquia, e 16 votos contra, da Frelimo, que contesta vários nomes.
A principal avenida da entrada da Beira, a N6, passa a chamar-se Afonso Dhlakama, líder da Renamo, maior partido da oposição, enquanto Joaquim Chissano, antigo Presidente moçambicano e que assinou com Dhlakama o Acordo Geral de Paz, ostenta uma das avenidas de maior visibilidade na cidade, à semelhança de Nelson Mandela, o primeiro Presidente negro na África do sul e João Papa II, que realizou uma visita histórica a Beira.
Em cumprimento do decreto-lei 1º/2014, de 22 de Maio, que reformula nomes de vilas e cidades, outras individualidades da vida política, cultural, desportiva e académica entram para a nova lista dos nomes da Beira, como Daviz Simango, Uria Simango, Alberto Chipande, Lurdes Mutola, Josina Machel, Carlos Cardoso, Gil Sistac, padre Mateus Guendjere, Chiquinho Conde, David Mazembe, Graça Machel, Sebastião Mabote, Raul Domingos, Marcelino dos Santos, Joana Simeão, Filipe Magaia, Feliciano Gundana, Papa João Paulo II, entre outros.
Alguns nomes aprovados na nova toponímia da Beira não são consensuais para a Frelimo, que classifica o processo de uma afronta “à atmofera politica do país”, adiantando que o país tem nomes de qualidades na arena politica, desportiva, cultural, jornalística e de produção afastados.
O chefe da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira considerou desatenta a aprovação de alguns nomes, mesmo sem citar, afirmando que “durante a luta de libertação nacional tivemos problemas sérios de algumas pessoas que deixaram os outros a ir a luta e fugiram para se entregar ao colono e voltaram para os outros (oposição)” questionando se “serão estes (nomes) que a gente vai indicar?”.
Entretanto, o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Estefani Mataveia, defendeu que a aprovação da nova toponímia respeita a vontade da população da Beira, desqualificando a polémica que a situação tem gerado na urbe.
“Continuaremos a aprovar tudo o que beneficiará directamente os munícipes”, disse Estefani Mataveia, acrescentando que de Outubro a Março as reuniões de auscultação pública obedeceram os padrões.
Ao todo, a Beira reformulou nomes de 700 avenidas, ruas, praças, prédios e largos e 200 impasses (ruas e avenidas reduzidas a caminhos devido a ocupação desordenadas), num processo iniciado em outubro de 2015.
A auscultação foi dirigida à população dos postos administrativos da Munhava central, Inhamizua, Nhangau e Chiveve, que perfazem a totalidade dos 26 bairros da cidade da Beira, conhecido como o bastião da oposição.
VOA
A principal avenida da entrada da Beira, a N6, passa a chamar-se Afonso Dhlakama, líder da Renamo, maior partido da oposição, enquanto Joaquim Chissano, antigo Presidente moçambicano e que assinou com Dhlakama o Acordo Geral de Paz, ostenta uma das avenidas de maior visibilidade na cidade, à semelhança de Nelson Mandela, o primeiro Presidente negro na África do sul e João Papa II, que realizou uma visita histórica a Beira.
Em cumprimento do decreto-lei 1º/2014, de 22 de Maio, que reformula nomes de vilas e cidades, outras individualidades da vida política, cultural, desportiva e académica entram para a nova lista dos nomes da Beira, como Daviz Simango, Uria Simango, Alberto Chipande, Lurdes Mutola, Josina Machel, Carlos Cardoso, Gil Sistac, padre Mateus Guendjere, Chiquinho Conde, David Mazembe, Graça Machel, Sebastião Mabote, Raul Domingos, Marcelino dos Santos, Joana Simeão, Filipe Magaia, Feliciano Gundana, Papa João Paulo II, entre outros.
Alguns nomes aprovados na nova toponímia da Beira não são consensuais para a Frelimo, que classifica o processo de uma afronta “à atmofera politica do país”, adiantando que o país tem nomes de qualidades na arena politica, desportiva, cultural, jornalística e de produção afastados.
O chefe da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira considerou desatenta a aprovação de alguns nomes, mesmo sem citar, afirmando que “durante a luta de libertação nacional tivemos problemas sérios de algumas pessoas que deixaram os outros a ir a luta e fugiram para se entregar ao colono e voltaram para os outros (oposição)” questionando se “serão estes (nomes) que a gente vai indicar?”.
Entretanto, o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Estefani Mataveia, defendeu que a aprovação da nova toponímia respeita a vontade da população da Beira, desqualificando a polémica que a situação tem gerado na urbe.
“Continuaremos a aprovar tudo o que beneficiará directamente os munícipes”, disse Estefani Mataveia, acrescentando que de Outubro a Março as reuniões de auscultação pública obedeceram os padrões.
Ao todo, a Beira reformulou nomes de 700 avenidas, ruas, praças, prédios e largos e 200 impasses (ruas e avenidas reduzidas a caminhos devido a ocupação desordenadas), num processo iniciado em outubro de 2015.
A auscultação foi dirigida à população dos postos administrativos da Munhava central, Inhamizua, Nhangau e Chiveve, que perfazem a totalidade dos 26 bairros da cidade da Beira, conhecido como o bastião da oposição.
VOA
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