Não há perspetiva de acontecer para já um encontro entre Dhlakama e Nyusi, diz a chefe da bancada parlamentar do maior partido da oposição moçambicana. Mas o Presidente português pode exercer influência a favor da paz.
"Havendo mediação internacional poderemos depois resolver os problemas de fundo que são a questão das Forças Armadas, que neste momento são partidarizadas", afirmou a chefe da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), à margem de uma deslocação ao Parlamento, em Maputo, do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no quadro da visita de Estado de quatro dias que realiza até sábado (07.05) a Moçambique.
"Havendo mediação internacional poderemos depois resolver os problemas de fundo que são a questão das Forças Armadas, que neste momento são partidarizadas", afirmou a chefe da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), à margem de uma deslocação ao Parlamento, em Maputo, do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no quadro da visita de Estado de quatro dias que realiza até sábado (07.05) a Moçambique.
Para Ivone Soares, também é preciso encontrar uma solução para a questão da democracia, que diz não existir em Moçambique. "Porque há esquadrões da morte que diariamente têm estado a matar os nossos colegas a todos os níveis", sublinha.
Neste momento, não se fala de um eventual encontro entre o líder da RENAMO, Afonso Dlakhama, e o Presidente Filipe Nyusi, revelou ainda a chefe da bancada parlamentar do principal partido da oposição. "Não há condições para se falar de diálogo ao mais alto nível quando não foram ainda acauteladas questões de base que têm que ver com a forma como este diálogo vai acontecer", nomeadamente que a aceitação pelo governo da mediação internacional, acrescentou.
Tanto Filipe Nyusi como Afonso Dhakama têm manifestado disponibilidade para o diálogo, mas segundo Ivone Soares o Governo ainda não respondeu à exigência da RENAMO que condiciona a sua realização a mediação pela União Europeia (UE), o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e a Igreja Católica.
Tanto Filipe Nyusi como Afonso Dhakama têm manifestado disponibilidade para o diálogo, mas segundo Ivone Soares o Governo ainda não respondeu à exigência da RENAMO que condiciona a sua realização a mediação pela União Europeia (UE), o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e a Igreja Católica.
Já a chefe da bancada da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Margarida Talapa, reiterou o apelo de Nyusi ao diálogo com Dhlakama sem pré-condições."Queremos é que ele sente com o Presidente e se discuta os problemas nacionais", sublinhou, defendendo que primeiro é preciso debater a questão entre moçambicanos. "Nós é que somos os donos do país".
Margarida Talapa acusou a RENAMO de participar nas sessões do Parlamento durante o dia e mais tarde levar a cabo ataques, promover a violência e criar instabilidade para inviabilizar a governação.
Democracia constrói-se diariamente
Durante a visita ao Parlamento, o chefe de Estado português sublinhou que a democracia constrói-se todos os dias e não é tarefa fácil. "A pior das democracias é sempre melhor do que a melhor das ditaduras. Todos os dias deve-se lutar para não haver a tentação de regressar à violência, a guerra, a divisão, a ditadura", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse acreditar que, apesar de todos os sobressaltos, há uma ideia clara em Moçambique da necessidade de afirmar a paz, garantir a unidade do Estado, respeitar o pluralismo político, respeitar os direitos humanos, garantir o rigor financeiro e olhar para os objetivos sociais.
DW
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