Algumas dezenas de pessoas responderam hoje a um apelo dos bispos moçambicanos e de fundações pontifícias e reuniram-se numa igreja de Lisboa para participar na jornada de oração pela paz em Moçambique, constatou a Lusa no local.
“Tendo em conta a situação preocupante que se vive em Moçambique, com sinais de aumento de tensão que poderá eclodir num conflito mais aberto, os bispos de moçambique emitiram uma nota pastoral onde apelam a ambas as partes, Frelimo e Renamo, para procurarem um caminho de paz, e estão muito preocupados com toda a situação”, disse à Lusa Paulo Aido, da fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), organização dependente da Santa Sé e uma das instituições que organizou a jornada de oração.
“Em simultâneo fizeram um apelo a uma jornada de oração pela paz em Moçambique. A AIS em Portugal agarrou esse projeto e aqui estamos, convocámos a população de Lisboa para que aqui viesse rezar pela paz. Foi um apelo generalizado a todos os cristãos, incluindo os da comunidade moçambicana”.
Alguns membros da comunidade moçambicana em Lisboa também compareceram na igreja de São Tomás de Aquino para se juntarem a esta jornada, num ambiente de recolhimento e alguma apreensão.
Em 10 de abril, num apelo assinado por D. Francisco Chimoio, presidente da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), os prelados moçambicanos emitiram um apelo pela paz, renovaram a “solidariedade com todo o povo moçambicano que continua a sofrer por causa deste clima de guerra (…) e propuseram a todos os católicos que o dia 22 de maio, Dia da Santíssima Trindade, seja um dia especial de oração pela paz”.
Albino, 25 anos, moçambicano, estudante e seminarista, foi um dos membros da comunidade que respondeu ao apelo dos seus bispos.
“Estou aqui para rezar pela paz no nosso país, em Moçambique, e como somos membros da diáspora, somos residentes estrangeiros, quando o nosso país está a enfrentar dificuldades destas temos de rezar muito para que cada vez mais haja paz”, disse em declarações à Lusa.
“Apesar de vivermos em Portugal estamos muito preocupados com a situação de Moçambique, dos nossos governantes e do nosso povo”, assinalou, apesar de emitir um sinal de esperança.
“Segundo o que nos dizem cada vez mais, segundo os meios de comunicação social, os líderes estão cada vez mais com as mãos abertas para um diálogo. O diálogo é a resolução de todos os problemas”, concluiu.
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