Segundo a Presidência da África do Sul, Nelson Mandela deixou o hospital na manhã deste domingo e foi para a sua casa em Joanesburgo, onde continuará a receber cuidados intensivos. O anúncio foi feito um dia depois de as autoridades negaram relatos de que Mandela, que tem 95 anos, já havia recebido alta.
A declaração diz que a condição de Mandela permanece crítica, e no momento instável.
O primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul estava no hospital desde junho com uma infecção pulmonar.
"A sua equipa de médicos está convencida de que ele vai receber o mesmo nível de cuidado intensivo na sua casa no subúrbio de Houghton que ele recebeu no hospital em Pretória", diz a declaração da Presidência.
O documento também diz que a sua casa foi "reconfigurada para permitir que continue a receber cuidados intensivos", e que será tratado pelos mesmos profissionais de saúde que dele cuidam desde o dia 8 de junho, quando foi admitido no hospital.
Se necessário, Mandela voltará ao hospital, diz a declaração.
Tuberculose na prisão
Joanesburgo fica a cerca de 55 km ao sul da capital da África do Sul, Pretória.
No sábado, fontes próximas à Mandela citadas pela BBC e outros meios de comunicação internacionais, negaram que já havia voltado para casa.
Isto foi negado pela presidência da África do Sul, que controla todas as comunicações sobre a saúde do ex-líder.
Acredita-se que a condição pulmonar de Mandela é resultado de uma tuberculose contraída durante os 27 anos que passou na prisão acusado de pegar em armas contra o governo de minoria branca.
Tornou-se se tornou presidente em 1994 - na primeira eleição em que negros sul-africanos foram permitidos votar - e deixou o cargo cinco anos depois.
O vencedor do Prêmio Nobel da Paz tem sido amplamente aclamado por pregar a reconciliação com a comunidade branca da África do Sul.
Durante o seu tempo na prisão, houve uma enorme campanha internacional a pedir a libertação de Mandela.
RM
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