Tensão política
· Dhlakama quer que a sua nova equipa prepare o encontro com o PR e defende que um dos principais pontos da agenda é a partidarização das forças de segurança e defesa
·
A comissão será dirigida pelo antigo secretário-geral da Renamo, Momad Ossufo, actualmente à frente do Departamento de Segurança do partido
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, criou, esta semana, uma comissão composta por seis antigos guerrilheiros e um jurista para discutir com o Governo assuntos ligados à defesa e segurança.
Dhlakama quer que a sua nova equipa prepare o encontro entre si e o Presidente da República, Armando Guebuza, defendendo que um dos principais pontos da agenda é a partidarização das forças de segurança e defesa.
A comissão será dirigida pelo antigo secretário-geral da Renamo, Momad Ossufo, actualmente à frente do Departamento de Segurança do partido.
Os outros membros são Mandava Meque, José Manuel, António Muzorewa, Raimundo Taio e Renato Martins. O grupo será assistido juridicamente por Ezequiel Gusse.
O líder da Renamo diz que a maior preocupação do partido é encontrar soluções concretas e definitivas para pôr termo ao ambiente de instabilidade no país.
Dhlakama explica que a sua equipa não irá substituir a delegação que tem mantido encontros com o Governo, afirmando que tratarão apenas de assuntos ligados à defesa e segurança, com vista a simplificar o encontro com o Presidente da República.
“Os moçambicanos não podem continuar reféns de dois partidos políticos, nomeadamente a Frelimo e a Renamo. O país está a viver momentos conturbados desde princípios de Abril, facto que está a contribuir para retardar a nossa economia, contribuindo, assim, para perpetuar ainda mais o sofrimento dos moçambicanos. Eu, Afonso Dhlakama, já disse e volto a dizer que estou disposto a um diálogo frontal com o Presidente da República, seja onde for, para ultrapassarmos esta crise o mais rápido possível”.
Dhlakama quer que no encontro entre os especialistas militares do Governo e do seu partido seja clarificada qual é a função das FADM, da FIR e da PRM.
“O governo de Guebuza terá de explicar claramente quem faz o quê, ou seja, qual é a função de cada uma destas forças. Os moçambicanos não podem continuar a pagar impostos para alimentar supostas forças de segurança e de manutenção da ordem quando estas mesmas forças são as primeiras a criar instabilidade no país; quando estas forças maltratam os moçambicanos para satisfazer às vontades de um grupo de pessoas, neste caso a Frelimo. A FIR, por exemplo, foi criada ilegalmente. Precisamos pôr termo a esta ilegalidade e garantir que a PRM e as FADM garantam a segurança de Estado e não dos ´camaradas´. É isto que pretendemos discutir com Guebuza e seus especialistas”.
No comments:
Post a Comment