O Governo moçambicano quer envolver o antigo Presidente tanzaniano Jakaya Kikwete, a Fundação Faith, de Tony Blair, e a Fundação Global Leadership, do ex-subsecretário de Estado norte-americano Chester Crocker, na mediação da paz em Moçambique, noticia o diário mediaFax.
Segundo o diário eletrónico, o executivo moçambicano está a preparar os convites às três entidades, que se poderão juntar à União Europeia (UE), Igreja Católica e África do Sul, propostos pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, para mediarem as negociações com o Governo, destinadas à restauração da estabilidade política e militar no país.
O Governo moçambicano anunciou recentemente que já enviou os convites às três entidades propostas pela Renamo, não se conhecendo ainda as respetivas respostas.
O chefe de Estado moçambicano e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, indicaram em junho terem chegado, por telefone, a um consenso sobre a participação de mediadores internacionais nas negociações para o fim dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e o braço armado da oposição.
Apesar de as duas partes terem reatado as negociações, os ataques de supostos homens armados da Renamo a veículos civis e militares em vários troços do centro do país não têm cessado e o movimento acusa as Forças de Defesa e Segurança de intensificarem os bombardeamentos na serra da Gorongosa, onde se presume encontrar-se Afonso Dhlakama.
O principal partido de oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
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