Camarada vice-ministro.
Veríssimo significa Muito Verdadeiro. Veríssimo é também um nome respeitável.
O que não pode ser veríssimo é a surpreendente declaração à TEVÊÉME da sua homonomia vice-ministro afirmando em total desconexão que a sua equipa de pesquisa “não encontrou evidências que provam alegados abusos dos direitos humanos por parte das forças de defesa e segurança em Kapesi”.
E porque os nomes espelham o que somos, o Muito Verdadeiro Veríssimo, talvez consciente de que tapa o sol com a peneira, acabou dando mão à palmatória, ao admitir a possibilidade de reavaliar a sua pesquisa.
Ora, é aqui que o vice-ministro prova ter sido menos verdadeiro. É aqui que admite implicitamente haver uma margem de erro abismal nos resultados da sua pesquisa.
A admissão de se proceder a reavaliação é só sintomático de uma falta de método na pesquisa do meu amigo Muito Verdadeiro. Até prova em contrário, o seu resultado não é de fiar. Não nos fornece a margem de erro, nem afirma os procedimentos seguidos no apuramento de tal conclusão.
O Muito Verdadeiro vice-ministro, ao pronunciar-se nos termos em que se pronunciou sobre a conclusão da pesquisa, não só põe em dúvidas a capacidade da sua equipa, como também a idoneidade dos resultados, que, mesmo que certos, não conferem plausibilidade, pelo grau de hesitação com que o difunde.
Algo parece ter querido deixar claro que os resultados do relatório foram uma encomenda, uma encenação mal interpretada, que expõe o Muito Verdadeiro amigo vice-ministro ao ridículo. A mim, que bem o conheço, meteu-me dó ver o Muito Verdadeiro paradoxalmente enganando a si próprio, com todos os dentes da boca, que não achou evidências que não queria achar. Fazendo textualmente coro com o governador de Tete, outro infelizardo que há poucos dias apareceu na STV fazendo “pronunciamentos” forçosos, de deixar a uma criança corada – não é preciso ser tão claro para corar.
O que a mim me deixou encabulado, não é só o ridículo como o Muito Verdadeiro saiu TEVÊÉME, como o titubeante resultado a que chega, demonstrando estar tão inseguro como demonstrando propensão a manipulação, que hoje em dia, desculpa-me a frontalidade, se tornou o carácter e o requisito básico para nomeação dos dirigentes ao nível do nosso Estado.
Tirando o facto de que deu para matar saudades assisti-lo na TV, vendo o Muito Verdadeiro amigo a falar não deixou dúvidas de que, se pudéssemos sujeitá-lo a um detector de mentira, veríamos o aparelho ridicularizá-lo, e à equipa que comandou.
De um momento para o outro, têm sido os nossos dirigentes apanhados desprevenidamente a tentar proceder a arranjos que os levam a perder compostura que não lhes fica bem, pelo respeito que merecem, pelo cargo nobre que representam, muito caros à imagem do nosso país. Parece estarmos a lidar com dirigentes rascas em cada tentativa “desconseguida” de tapar o sol com a peneira.
Parece-me querermos reincidir que a estupidificação tornou-se um critério básico e legível a nomeação dos membros do Governo e responsáveis do Estado, desde o nível inferior até ao escalão mais alto.
De um momento para a outro, quer me parecer que somos forçados a nos conformar com as afirmações de dirigentes deste Estado, de tão espantosas, tão caricatas e ridículas, que podem indignar os cães, os gatos, as cobras, os pássaros, e menos a eles próprios, o que é uma pura desgraça de um país pobre como o nosso.
Um aviso à navegação: era de todo urgente que, no lugar de se inventarem escapatórias ou eufemismos tendentes a agradar aos chefes, que os dirigentes do Estado relevem que em primeiro lugar há que prestar leais serviços ao povo e à Pátria Amada. Auguro que, na reavaliação da sua pesquisa, o Muito Verdadeiro amigo se cuide de fazê-lo de forma imparcial, o que influiria na percepção sobre o que realmente falhou neste novo ciclo de guerra entre as arquirrivais Frelimo e Renamo, que a nós que sofremos as mazelas dos dois, muito cansam ao povo sofredor pisoteado como se de capim se tratasse.
(Adelino Timóteo, Canalmoz)
O que não pode ser veríssimo é a surpreendente declaração à TEVÊÉME da sua homonomia vice-ministro afirmando em total desconexão que a sua equipa de pesquisa “não encontrou evidências que provam alegados abusos dos direitos humanos por parte das forças de defesa e segurança em Kapesi”.
E porque os nomes espelham o que somos, o Muito Verdadeiro Veríssimo, talvez consciente de que tapa o sol com a peneira, acabou dando mão à palmatória, ao admitir a possibilidade de reavaliar a sua pesquisa.
Ora, é aqui que o vice-ministro prova ter sido menos verdadeiro. É aqui que admite implicitamente haver uma margem de erro abismal nos resultados da sua pesquisa.
A admissão de se proceder a reavaliação é só sintomático de uma falta de método na pesquisa do meu amigo Muito Verdadeiro. Até prova em contrário, o seu resultado não é de fiar. Não nos fornece a margem de erro, nem afirma os procedimentos seguidos no apuramento de tal conclusão.
O Muito Verdadeiro vice-ministro, ao pronunciar-se nos termos em que se pronunciou sobre a conclusão da pesquisa, não só põe em dúvidas a capacidade da sua equipa, como também a idoneidade dos resultados, que, mesmo que certos, não conferem plausibilidade, pelo grau de hesitação com que o difunde.
Algo parece ter querido deixar claro que os resultados do relatório foram uma encomenda, uma encenação mal interpretada, que expõe o Muito Verdadeiro amigo vice-ministro ao ridículo. A mim, que bem o conheço, meteu-me dó ver o Muito Verdadeiro paradoxalmente enganando a si próprio, com todos os dentes da boca, que não achou evidências que não queria achar. Fazendo textualmente coro com o governador de Tete, outro infelizardo que há poucos dias apareceu na STV fazendo “pronunciamentos” forçosos, de deixar a uma criança corada – não é preciso ser tão claro para corar.
O que a mim me deixou encabulado, não é só o ridículo como o Muito Verdadeiro saiu TEVÊÉME, como o titubeante resultado a que chega, demonstrando estar tão inseguro como demonstrando propensão a manipulação, que hoje em dia, desculpa-me a frontalidade, se tornou o carácter e o requisito básico para nomeação dos dirigentes ao nível do nosso Estado.
Tirando o facto de que deu para matar saudades assisti-lo na TV, vendo o Muito Verdadeiro amigo a falar não deixou dúvidas de que, se pudéssemos sujeitá-lo a um detector de mentira, veríamos o aparelho ridicularizá-lo, e à equipa que comandou.
De um momento para o outro, têm sido os nossos dirigentes apanhados desprevenidamente a tentar proceder a arranjos que os levam a perder compostura que não lhes fica bem, pelo respeito que merecem, pelo cargo nobre que representam, muito caros à imagem do nosso país. Parece estarmos a lidar com dirigentes rascas em cada tentativa “desconseguida” de tapar o sol com a peneira.
Parece-me querermos reincidir que a estupidificação tornou-se um critério básico e legível a nomeação dos membros do Governo e responsáveis do Estado, desde o nível inferior até ao escalão mais alto.
De um momento para a outro, quer me parecer que somos forçados a nos conformar com as afirmações de dirigentes deste Estado, de tão espantosas, tão caricatas e ridículas, que podem indignar os cães, os gatos, as cobras, os pássaros, e menos a eles próprios, o que é uma pura desgraça de um país pobre como o nosso.
Um aviso à navegação: era de todo urgente que, no lugar de se inventarem escapatórias ou eufemismos tendentes a agradar aos chefes, que os dirigentes do Estado relevem que em primeiro lugar há que prestar leais serviços ao povo e à Pátria Amada. Auguro que, na reavaliação da sua pesquisa, o Muito Verdadeiro amigo se cuide de fazê-lo de forma imparcial, o que influiria na percepção sobre o que realmente falhou neste novo ciclo de guerra entre as arquirrivais Frelimo e Renamo, que a nós que sofremos as mazelas dos dois, muito cansam ao povo sofredor pisoteado como se de capim se tratasse.
(Adelino Timóteo, Canalmoz)
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