Maputo, 15 (Lusa) - Sete mortos e nove detidos é o balanço preliminar da tentativa de roubo de combustível que terminou num incêndio de grandes dimensões no domingo no Porto da Matola, disse hoje à Lusa o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM).
"Até agora, os dados que temos indicam que sete pessoas morreram em resultado do incêndio", disse Inácio Dina, admitindo a possibilidade de o número de vítimas aumentar nas próximas horas.
O fogo deflagrou durante a operação de descarga de trigo numa plataforma da Silos e Terminal Granuleiro da Matola, cerca das 04:00 de domingo, ao mesmo tempo que alegados assaltantes recorriam a um sistema de transporte de combustível já desativado mas que ainda se encontra ligado ao existente.
O comandante provincial da PRM na província de Maputo, Jeremias Machaieie, citado hoje pela Rádio Moçambique (RM), revelou que agentes da polícia moçambicana estão envolvidos na tentativa de roubo de combustível, acrescentando, sem avançar detalhes, que alguns deles estão entre nove pessoas já detidas.
"Estes dados [sete mortos] são referentes ao balanço preliminar, o que quer dizer que podem alterar", reiterou o porta-voz do comando da PRM.
A RM avança, por sua vez, que o número de vítimas mortais ascende a 14 e a televisão estatal fala de dezasseis.
O incêndio só ficou controlado ao fim de três horas, após a intervenção do Serviço Nacional de Salvação Pública e os corpos de bombeiros das empresas Mozal, Petromoc e Caminhos de Ferro de Moçambique.
Além da plataforma de descargas, o fogo destruiu duas viaturas e embarcações que estavam a ser usadas pelo grupo de assaltantes, que, segundo o ministro da Energia e Recursos Naturais, Pedro Couto, contaram com a ajuda de trabalhadores do Porto da Matola.
Pedro Couto, que se deslocou no domingo ao local do incidente, disse que os prejuízos estão a ser avaliados, dando conta de que os navios de transporte de cereais terão agora de recorrer aos portos da Beira e de Maputo.
O governante assegurou ainda que, apesar da destruição desta infraestrutura, o abastecimento de cereais não está comprometido durante a quadra de Natal.
Lusa
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