Magid Osman, antigo ministro das Finanças, atribuiu ao Estado papel crucial no processo de tomada de decisão e disse que Moçambique não tem um Estado capaz de promover a participação da sociedade no processo de construção do país. “Hoje, temos uma crise política, económica e, muito rapidamente, podemos ter uma crise de Estado. Estamos num limbo, em que temos de fazer a modernização do Estado e temos de definir o Estado adequado à nossa sociedade, ir buscar na sociedade as tradições mais positivas e ver como é que esse Estado moderno se articula com essas tradições”, afirmou.
Segundo o economista, “Temos um Estado fraco e autoritário. Não cria espaço para que toda a sociedade possa participar. Para superaremos a situação que estamos a viver, temos de criar mecanismos de participação, a todos os níveis, não só a nível da CTA ou da concertação social, mas fundamentalmente a nível das comunidades rurais”. Sem isso, Moçambique torna-se um Estado incapaz de combater a pobreza.
Mas a sessão que discutia o tema “Humanizar as decisões económicas” arrancou com a apresentação do economista da Universidade Nova Lisboa, Jorge Braga de Macedo, que se afirma apologista da ideia de que humanizar decisões económicas é harmonizar diferentes áreas de conhecimento numa educação que combina saber e gestão.
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