Vandalizadas bandeiras e mastros do partido.
O Movimento Democrático de Moçambique na cidade de Chimoio tem uma nova sede, no bairro da Soalpo, para a sua delegação política da cidade. Entretanto, a cerimónia de abertura da sede foi caracterizada por ameaças das autoridades do posto administrativo urbano número três
A cerimónia foi orientada pelo chefe da bancada parlamentar do MDM na Assembleia da República, Lutero Simango, que também não escapou das ameaças das autoridades administrativas da Soalpo. “Na noite do sábado, vieram ter comigo a dizer que a nossa reunião não devia ser realizada, porque não estávamos autorizados para tal. essas são palavras absurdas que vem de uma autoridade administrativa que não domina a Constituição da República, a qual dá liberdade às reuniões partidárias. eu disse-lhe para ir informar a governadora, o comandante provincial da PRM e o presidente do Conselho Municipal que a nossa reunião vai acontecer”, disse Simango.
Durante a reunião, uma idosa teria dito que estava a ser ameaçada de ver o seu nome retirado da lista dos que recebem a pensão de idosos por ter se filiado ao MDM. “Nós agora andámos com medo, sempre que vamos receber pensão escondemos as nossas capulanas, mas até agora ainda não retiraram os nossos nomes das listas. Eles questionaram-nos sobre os motivos de nos juntarmos ao MDM, se recebemos dinheiro de Guebuza. Eles pedem para escolhermos, ou MDM ou as nossas pensões”, disse Clara Ussene.
Outra idosa que teria beneficiado de apoio do Conselho Municipal para a sepultura do seu filho contou que “eles descobriram na minha casa um panfleto com fotografia do Daviz Simango e logo revoltaram-se contra mim, dizendo que se tivessem sabido antes não me teriam dado apoio, situação que chegou a piorar quando algumas viaturas do partido de Daviz Simango se juntaram ao cortejo fúnebre”, contou Calista Jó. A nova sede da cidade teria sofrido vandalização, de onde retiraram o mastro e destruíram uma placa de cimento identificando o edifício como do MDM.
Situação similar aconteceu em Catandica e no distrito de Manica, segundo contou Lutero Simango. “Em Catandica, chegaram até a usar a polícia para vandalizarem as nossas sedes e bandeiras, e ainda espancarem os nossos membros. Se isso voltar a acontecer, vamos responder com a mesma medida, porque quem fez a Constituição não foi o MDM, mas sim o plenário inteiro da Assembleia da República”, daí que exige justiça contra todos aqueles que não deixam o seu partido funcionar normalmente.
O País
Nota do José = Sobre este assunto o Canalmoz publicou o seguinte texto:
Uso do Estado para intolerância política
Governo de Manica corta pensão a idosos filiados a oposição
Leia aqui.
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