A Força de Intervenção Rápida (FIR), que nas primeiras horas desta terça-feira (19) movimentou os seus tanques anti-motim, para as imediações do Circuito de Manutenção Física António Repinga, com o intuito de proteger o Gabinete do Primeiro-Ministro, voltou a usar violência sobre os desmobilizados de guerra que tentavam manifestar-se pacificamente na capital de Moçambique.
O líder do Fórum do Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, disse ao @Verdade que mais uma vez não foi possível o seu grupo exercer um direito cívico consagrado pela Constituição da República. Entretanto, não vai desistir antes das suas exigências serem satisfeitas, que passam pelo pedido de uma melhoria substancial na pensão mensal da cada um dos antigos soldados da guerra civil que desestabilizou o pas durante mais de uma decada.
A intenção dos desmobilizados de guerra foi barrada pela forte presença dos agentes da FIR e da Polícia da República de Moçambique (PRM) que chegaram a usar os seus bastões e gás lacrimogenio sobre os manifestantes, vários de idade avançada e algumas do sexo feminino.
Segundo Hermínio dos Santos, apesar de os desmobilizados terem sido retirados do local compulsivamente pela FIR e escoltados para o terminal de transportes na baixa da cidade de Maputo, defronte do Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM), não vão renunciar a luta pelos seus direitos nem que lhes intimidem.
“Perdemos a nossa juventude a lutar pelo país e pelo governo que alcançou a paz graças ao nosso empenho mas hoje não nos dão valor”, concluiu dos Santos.
A Verdade
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