MOÇAMBIQUE é um dos países com elevado nível de crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tendo alcançado uma média de crescimento anual de 2.37 por cento desde o ano 2000 e um incremento acumulado de 51 por cento desde 1980. Maputo, Segunda-Feira, 18 de Março de 2013:: Notícias
Comentando o relatório divulgado quinta-feira passada, a coordenadora-residente da ONU e Representante do PNUD em Moçambique, Jennifer Topping, disse que o país teve um índice inicial baixo (legado do prolongado conflito), daí que o IDH de 2012 continua relativamente baixo (0.327), colocando Moçambique na posição 185 de 187 países.
Segundo a representante-represente do PNUD, apesar desta baixa classificação, o crescimento robusto do IDH nas décadas recentes, adicionado às experiências de muitos países em desenvolvimento sublinhadas no relatório devem servir de encorajamento para que Moçambique acelere os esforços sobre os investimentos direccionados à redução da pobreza, protecção social, acesso à educação e saúde.
Na África Subsahariana o valor médio situa-se em 0,475, sendo o mais baixo de entre as regiões, mas o ritmo de melhoria é crescente. Entre 2000 e 2012 a região registou um crescimento anual médio de 1,34 porcento no valor do IDH, colocando-a em segundo lugar, logo após a Ásia do Sul, tendo a Serra Leoa (3,4 porcento) e a Etiópia (3,1porcento) apresentado o crescimento mais rápido.
A nível global, catorze países registaram impressionantes ganhos de IDH (acima de 2 por cento ao ano) desde 2000. Em ordem dos níveis de progressos situam-se o Afeganistão, Serra Leoa, Etiópia, Ruanda, Angola, Timor-Leste, Mianmar, Tanzania, Libéria, Burundi, Mali, Moçambique, República Democrática do Congo e Níger.
Em média, os países com IDH mais elevadas também registam crescimento desde 2000, mas foram mais baixos em termos absolutos do que os dos países de baixo índice.
A tendência geral, a nível mundial, aponta no sentido de uma melhoria contínua do desenvolvimento humano. Na verdade, nenhum país apresenta actualmente um valor de IDH mais baixo do que tinha em 2000.
O Relatório de 2013 mostra também o alargamento das relações comerciais entre os países em desenvolvimento, as tendências de imigração, a crescente ligação às tecnologias, a satisfação das populações com os serviços públicos e ainda a qualidade de vida individual em diferentes países.
Cerca de 40 países em desenvolvimento registaram ao longo das últimas décadas progressos mais significativos do que seria de prever, resultado de investimento sustentado na educação, nos cuidados de saúde e nos programas sociais, bem como a um relacionamento mais aberto com um mundo cada vez mais interligado.
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano, “nunca, na História, as condições de vida e as perspectivas de futuro de tantos indivíduos mudaram de forma tão considerável e tão rapidamente. Pela primeira vez, em muitos séculos, o Sul, no seu conjunto, é o motor do crescimento económico global e das mudanças sociais.
Este progresso histórico, indica, abre oportunidades a novas formas de colaboração entre o Sul e o Norte, que visam a promoção do desenvolvimento humano e a resposta a desafios comuns, como as alterações climáticas.
No relatório de 2013 a Noruega, a Austrália e os Estados Unidos lideram a classificação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países e territórios, enquanto a República Democrática do Congo (dilacerada por conflitos) e o Níger (assolado pela seca) apresentam os valores mais baixos do IDH.
Nas últimas décadas todos os grupos e regiões têm assistido a uma melhoria assinalável nos IDH, sendo que o mundo começa a tornar-se menos desigual.
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Nota do José = Sobre este assunto, uma outra leitura no jornal O País:
Moçambique é o 3o pior no Índice do Desenvolvimento Humano
Leia aqui!
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