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O mister que tomávamos por um engenheiro é, afinal, um filósofo positivista. Nas vésperas, disse: "Ganhar o Europeu só com empates? Assino já por baixo." Desdenhámos-lhe a ignorância: nesta fase, ou se ganha ou se perde... Mas não é que ele empatou o jogo (dos 90 m) pelo pior dos resultados, 0-0, e sem um remate à baliza, e, apesar disso, lá vamos em frente?! Portugal tirou um prolongamento do bolso e deixou-se dominar. Estamos a imitar, em 2016, a Grécia 2004 - e sabe-se como os gregos chegaram à final com os donos da casa, que, então, éramos nós e, hoje, são os franceses. Mesmo destino abençoado? Lá vai Portugal, pisador de ovos, quando não está a escorregar na relva, mas sempre para nova etapa. Até à final, como insiste em dizer Fernando Santos? É altura de começar a acreditar nele. Em sortudo não se mexe. E talvez ele mereça, o teimoso empedernido já começa a aceitar o óbvio: Cédric e Adrien em campo, a abrir, e Renato, para a arrancada da estocada final... Acrescente-se a essas quase novidades os já inquestionáveis na equipa: Raphaël e João Mário. Contaram? Metade da equipa é nova e tão prometedora. Se acrescentarmos um Pepe raçudo e um Nani, com um Euro sucessivamente bem conseguido, arriscamo-nos a que nos aconteça a felicidade. Uma pitada de Quaresma e sirva-se frio. CR7? Esse até pode jogar mal, agora não é por ele que nos temem. Agora, começa a ser o hábito neste Euro, para nós há sempre outro passo à frente.
DN
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