Tuesday, 14 March 2017

Thabo Mbeki denuncia corrupção no ANC

Thabo Mbeki denuncia corrupção no ANC
O antigo-presidente da África do sul e do Congresso Nacional africano (ANC), Thabo Mbeki, afirma que algumas pessoas se têm juntado ao Partido do poder com vista ao auto-enriquecimento.
“Ao se juntarem ao partido, as pessoas pensam em se tornar presidentes, ministros, presidentes dos municipios e ou ocuparem outros postos de gestão pública”, disse Mbeki.
Thabo Mbeki que falava nas celebrações do décimo quarto aniversário do Mecanismo Africano de Revisão de Pares, MARP- abordou a corrupção na África do sul, destacando que as pessoas necessitam de ter uma visão de uma África melhor, para poderem combatê-la.
Referiu que a corrupção tem estado a afectar o partido no poder na África do sul há vários anos, explicando que até membros mais velhos juntaram-se por razões oportunistas para obter posições de liderança.
O problema, na óptica de Mbeki é que é fácil tornar-se membro do ANC- bastando para isso, pagar uma assinatura e aceitar alguns requisites de adesão.
No entanto, defende que o combate à corrupção passa por um maior nível de compromisso com o tipo de continente que se pretende construir e o Mecanismo Africano de Revisão de Pares é um passo concreto nessa direcção.
O Mecanismo Africano de Revisão de Pares é um instrumento que permite aos governos africanos reverem a governação uns dos outros e Mbeki foi um dos percursores da iniciativa.
Esta, quinta-feira, entretanto, o governo anunciou que irá tomar medidas com vista a penalizar os funcionários públicos envolvidos em negócios privados e ou com o Estado.
Aliás, o executivo estabeleceu o prazo de até finais de Janeiro último, todos os funcionários púbicos declararem os seus interesses comerciais.
O código de conduta dos funcionários do estado na África do sul proíbe-os de realizar quaisquer negócios com o Estado, quer seja na sua qualidade de individual quer como dirigente de uma empresa, ou qualquer outra entidade.
O ministro sul-africano dos Assuntos Internos, Malusi Gigaba, afirmou que todos aqueles funcionários públicos que pretendem manter os seus interesses particulares, devem renunciar.


(RM Pretória)

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