Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Estamos a falar de pão, da mesma forma como podemos falar da paz que também ela tanta falta faz a todos de tal modo que, cada dia que passa, a razão parece ir dando lugar à insanidade neste país que, num passado não muito distante, protagonizou um dos mais terríveis conflitos no continente africano. Muitos esquecem ou fazem-se de esquecido sobre o sofrimento que os moçambicanos sofreram nesses tempos de ódio.
Com o tempo veio a paz com os Acordos de Roma. Era o ressurgir de uma esperança para um Povo cujos filhos andaram se matando uns aos outros e sujeitaram-se a tanto sofrimento, pior que o infligido pelo colono. Hoje as coisas parecem tender ao mesmo sofrimento do passado, onde o exercício de autoflagelação está virando o quotidiano, entre acusações e justificações que fogem do essencial, a construção e consolidação da democracia.
Ora, a construção da democracia passa por um Estado forte e que apenas rege-se pelas leis e demais normas estabelecidas.
Será que o nosso Estado nestes dias que correm pode ser considerado de forte? Pode ser que sim, no entanto, padece de muitas fragilidades, cujo expoente máximo traduz-se nas famosas “ordens superiores” muito em voga e que chegam a suplantar a lei em muitos casos. Eventualmente os problemas de que padece Moçambique, nos dias que correm, derivem do nível de fragilização em que se encontra o Estado, sobretudo, devido a forma como se faz a política. Estamos num sistema em que os principais actores, o partido Frelimo e a Renamo, fragilizam o Estado, cada um, à sua maneira.
Se por um lado a Renamo fragiliza o Estado devido a manutenção da sua ala armada, hoje em conflito com as autoridades, não deixa de ser, também, uma verdade cristalina que a Frelimo, igualmente, fragiliza esse mesmo Estado, ao partidarizá-lo. Enquanto a Renamo mantém homens armados, a Frelimo capturou o Estado de tal sorte que em alguns casos fica difícil distinguir onde começa ou então, onde termina uma ou outra entidade. Ambas as situações em nada ajudam para o fortalecimento e normal funcionamento das instituições do Estado que acabam ficando reféns do actual modelo de se fazer política em Moçambique. Hoje estamos vivendo uma crise que devemos, no mínimo, aproveitá-la como uma oportunidade para corrigirmos esses dois males.
Só assim podemos ansiar por um Estado forte e que possa, por si, ser garante de uma paz efectiva, e não uma paz avulsa e periódica como aparenta ser o caso actual. Unamos esforços pela mesma causa, e, todos sairemos a ganhar, e não apenas alguns privilegiados como acontece nos dias de hoje. O Estado merece respeito de todos e para tal deve ser forte.
Estamos a falar de pão, da mesma forma como podemos falar da paz que também ela tanta falta faz a todos de tal modo que, cada dia que passa, a razão parece ir dando lugar à insanidade neste país que, num passado não muito distante, protagonizou um dos mais terríveis conflitos no continente africano. Muitos esquecem ou fazem-se de esquecido sobre o sofrimento que os moçambicanos sofreram nesses tempos de ódio.
Com o tempo veio a paz com os Acordos de Roma. Era o ressurgir de uma esperança para um Povo cujos filhos andaram se matando uns aos outros e sujeitaram-se a tanto sofrimento, pior que o infligido pelo colono. Hoje as coisas parecem tender ao mesmo sofrimento do passado, onde o exercício de autoflagelação está virando o quotidiano, entre acusações e justificações que fogem do essencial, a construção e consolidação da democracia.
Ora, a construção da democracia passa por um Estado forte e que apenas rege-se pelas leis e demais normas estabelecidas.
Será que o nosso Estado nestes dias que correm pode ser considerado de forte? Pode ser que sim, no entanto, padece de muitas fragilidades, cujo expoente máximo traduz-se nas famosas “ordens superiores” muito em voga e que chegam a suplantar a lei em muitos casos. Eventualmente os problemas de que padece Moçambique, nos dias que correm, derivem do nível de fragilização em que se encontra o Estado, sobretudo, devido a forma como se faz a política. Estamos num sistema em que os principais actores, o partido Frelimo e a Renamo, fragilizam o Estado, cada um, à sua maneira.
Se por um lado a Renamo fragiliza o Estado devido a manutenção da sua ala armada, hoje em conflito com as autoridades, não deixa de ser, também, uma verdade cristalina que a Frelimo, igualmente, fragiliza esse mesmo Estado, ao partidarizá-lo. Enquanto a Renamo mantém homens armados, a Frelimo capturou o Estado de tal sorte que em alguns casos fica difícil distinguir onde começa ou então, onde termina uma ou outra entidade. Ambas as situações em nada ajudam para o fortalecimento e normal funcionamento das instituições do Estado que acabam ficando reféns do actual modelo de se fazer política em Moçambique. Hoje estamos vivendo uma crise que devemos, no mínimo, aproveitá-la como uma oportunidade para corrigirmos esses dois males.
Só assim podemos ansiar por um Estado forte e que possa, por si, ser garante de uma paz efectiva, e não uma paz avulsa e periódica como aparenta ser o caso actual. Unamos esforços pela mesma causa, e, todos sairemos a ganhar, e não apenas alguns privilegiados como acontece nos dias de hoje. O Estado merece respeito de todos e para tal deve ser forte.
Editorial, Zambeze , 15 de Setembro de 2016
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