Numa altura em que há informações de confrontos entre as forças governamentais e homens armados da Renamo, as autoridades divergem em relação ao que está a acontecer no terreno. Na última terça-feira, Basílio Monteiro, ministro do Interior, disse na Zambézia que a Renamo não constituía ameaça e que a movimentação das Forças de Defesa e Segurança faz parte do aprimoramento da prontidão combativa das forças. “A Renamo não é ameaça nenhuma, o que acontece em algumas ocasiões é o exercício do aprimoramento da prontidão das forças, isso acontece em qualquer parte do mundo. A Renamo é um partido político, tem existência legal e está presente no Parlamento, tratamos este partido como qualquer outro”, assegurou o dirigente.
Entretanto, três dias depois, Jorge Khálau, comandante-geral da Polícia, veio contrariar o discurso dizendo que a Renamo constitui, sim, uma ameaça, uma vez que tem vindo a atacar posições das Forças de Defesa e Segurança e a espalhar terror em alguns povoados. “Preocupa-nos a movimentação de homens armados da Renamo. Nas zonas por onde passam, criam instabilidade e terror às populações, concretamente em Nhamatanda, Gorongosa, Muanza e Cheringoma. Extorquem os bens da população, violam mulheres e criam terror, limitando a movimentação da população”, referiu.
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