Ao longo das últimas semanas, em Pretória e Joanesburgo, vários edifícios habitados por imigrantes foram atacados e vandalizados por populares sob a alegação de estarem a ser utilizados para fins ilícitos como prostituição e tráfico de drogas.
Até ao momento, os incidentes não fizeram vítimas mas obrigaram a polícia a reforçar a segurança, tendo-se registado inúmeras detenções.
Os ataques contra imigrantes na África do Sul são recorrentes. O país acolhe um grande número de estrangeiros, num contexto social marcado pelo desemprego e pela criminalidade violenta.
“Quero apelar a todos os sul-africanos para se distanciarem das retóricas e das acções xenófobas”, disse Malusi Gigaba durante uma conferência de imprensa ontem em Joanesburgo.
O apelo do ministro aconteceu um dia antes da marcha de protesto convocada para hoje por habitantes de alguns bairros de Joanesburgo contra o “governo que dá trabalho aos cidadãos do Zimbabwe e a outros estrangeiros.”
“Estamos a trabalhar para garantir que não se registem acções violentas”, acrescentou Malusi Gigaba referindo-se à manifestação prevista para hoje.
O ministro prometeu também responder às “inquietações” dos organizadores da marcha.
Nesse sentido avisou as empresas que empregam imigrantes ilegais que serão duramente penalizadas e os gestores serão presos por não respeitarem a lei.
As leis trabalhistas sul-africanas exigem que as empresas empreguem um mínimo de 60 por cento sul-africanos. Malusi Gigaba pediu para que aumentem essa taxa.
"Esta é a mensagem que levamos para as empresas (…) haverá inspecções no local de trabalho e serão impostas sanções para o emprego de estrangeiros indocumentados", disse o governante, acrescentando que os imigrantes ilegais apanhados nessa situação serão deportados.
Entretanto, várias organizações não-governamentais sul-africanas pediram ao ministro a proibição da marcha que, segundo dizem, “pode relançar as acções xenófobas” na África do Sul.
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