Durante o programa O PAÍS ECONÓMICO da STV, apresentado por Boaventura Mucipo, o economista moçambicano Carlos Nuno Castel-Branco, avançou que um dos motivos da crise económica em Moçambique, é o facto do governo ter apostado em projectos que não resolvem os problemas do país.
“Nós (a nossa economia) saltamos para projectos de enorme grandiosidade, com grande enfoque para o complexo mineral e energético, e o estado comprometeu a sua capacidade política e económica para apoiar esse projecto. Ha dois problemas com isso: Primeiro, este é um projecto com retornos incertos, por causa da enorme volitividade dos mercados, e de muito longo prazo e o estado tendeu em primeiro lugar as prioridades dos investidores, deu grandes incentivos aos investidores.
Por outro lado, estes projectos não resolvem os problemas do país, não resolvem os problemas da alimentação, não resolvem problemas de emprego, não resolvem os problemas da educação, da Saúde, da habitação das pessoas. E ao investir toda a capacidade política e económica do país neste tipo de empreendimento, isto favoreceu a emergência de um grupo nacional de milionários.”
Numa outra abordagem, o economista moçambicano frisou que durante a governação de Armando Guebuza, foram criado cerca de dois milhões de pobres“Segundo dados de algumas agências internacionais credíveis, Moçambique criou um pouco mais de 1000 novos milionários na década do presidente Guebuza. Mas ao mesmo tempo Moçambique criou mais de dois milhões de pobres durante aquele period.
Portanto, é um projecto económico que favoreceu um processo de acumulação primitiva de capital, mas que não tem sustentabilidade macroeconômica, por que imagine um barco que sai de Maputo para Inhaca, e o combustível do barco acaba precisamente no meio. Quando olhas para trás já não vens Maputo, quando olhas para frente ainda não vê Inhaca, este é o ponto onde a nossa economia está.”
MozMassoko
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