O delegado político da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, foi detido pela Polícia da República de Moçambique (PRM), há sensivelmente três semanas, no distrito de Mutara, na província de Tete, acusado de desobediência às ordens de um líder comunitário naquele ponto país, segundo relata a própria Renamo, que acusa igualmente a Frelimo, partido no poder, de orquestrar tal acto.
Trata-se de Albino Wisky Lisboa, preso na Penitenciária Distrital de Mutarara, onde aguardar pela audição do Ministério Público. A detenção aconteceu na manhã de 03 de Maio em curso, no povoado de Muandua.
“Informações que chegaram daquele ponto da província de Tete, dão conta que o mandante da prisão do delegado da Renamo, chama-se Ramin Bandaze, primeiro secretário da Frelimo no Posto Administrativo de Charre. A detenção ocorreu quando Ramin Bandaze, na companhia de outros elementos da Frelimo, tentavam impedir que a Renamo hasteasse a sua bandeira naquele povoado”, escreve a “Perdiz”.
De acordo com esta formação política, o mesmo grupo destruiu também três mastros nas sedes da Renamo, nos dias 04, 05 e 06 de Maio corrente, nos povoados de Sossono, Nhumbo e Jardim.
“Também na província de Tete, mas concretamente no distrito de Sangano, dois homens da Polícia da Unidade de Intervenção Rápidas (UIR) escalaram ao princípio da tarde do dia 10 de Maio, à residência do membro da Renamo e igualmente da Assembleia Provincial local, Simão Daniel Januário, não tendo-o encontrado em casa”.
O partido liderado por Afonso Dhlakama acusa igualmente as autoridades policiais em Tete de protagonizar desmandos e o primeiro secretário da Frelimo de proferir discursos públicos de instigação ao ódio contra a “Perdiz”.
Refira-se que este é apenas um exemplo de vários episódios que ocorrem no país, inclusive assassinato de membros dos partidos da oposição.
Um número considerável de elementos seniores e simpatizantes da Renamo foram mortos a tiros em Tete, alguns em plena luz do dia.
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