Saturday 12 June 2010

Futebol ao ritmo africano: Espectáculo multicolor do tamanho do Mundo

Uma das coreografias exibidas ontem  no Soccer City na abertura do Mundial
Uma das coreografias exibidas ontem no Soccer City na abertura do Mundial

RITOS africanos evocados à original e tradicional maneira sul-africana, festa multicolor cheia de muita música, dança e alegria contagiantes, dominaram ontem a cerimónia de abertura do primeiro Campeonato Mundial de Futebol em África. A cidade de Joanesburgo, mais concretamente o Soccer City Stadium, recebeu dezenas de estadistas, entre os quais o Presidente Armando Guebuza, oriundos de várias nações africanas e do Mundo em geral e tantas outras figuras destacadas nas várias áreas da vida política, social, económica e cultural, que testemunharam a beleza do espectáculo produzido num país – a África do Sul - pertencente ao continente que até hoje é considerado um dos mais pobres do planeta.


Maputo, Sábado, 12 de Junho de 2010:: Notícias

Nelson Mandela, o histórico líder sul-africano, foi inesperadamente o grande ausente desta festa em consequência da morte de uma das suas bisnetas, vítima de um trágico acidente de aviação, em que se viu envolvida quando na noite de quinta-feira regressava do Soweto depois de assistir a um concerto alusivo a este evento.

Fora este fatídico acontecimento para a família Mandela, sobre esta realização na terra do rand confirmou-se o que já se vaticinava: a África do Sul que já era apelidada de país do arco-íris mostrou ontem na cerimónia de abertura o que vale. Durante cerca de 45 minutos, o relvado do Soccer City, em Joanesburgo, foi palco de várias manifestações de dança, cor, som e alegria. Se, de início, eram as já habituais vuvuzelas que dominavam o ambiente, aos poucos o mesmo foi ficando mais e mais colorido, segundo escreve o correspondente do jornal desportivo “Maisfutebol.”

O chamamento ao povo africano, dado numa das línguas típicas da África do Sul (fala-se em 11 idiomas no país vizinho), foi o mote para o que se seguiu. Um desfile de cantores e uma sucessão de coreografias bem ensaiadas que animaram todos os presentes no Soccer City, que esteve longe de estar esgotado. À cabeça, esteve o norte-americano R. Kelly que encerrou as prestações musicais, já depois de músicos da Argélia, Gana e Nigéria terem actuado num momento em que a coreografia exibia os nomes dos países das seis selecções africanas presente no evento.

Afinal, é a primeira vez que o campeonato do mundo decorre em África e nunca tantos países deste continente tinham estado representados. África foi, por isso, o tema central da cerimónia, aspecto reforçado quando se desenhou um mapa mundial gigante, com o centro no nosso continente. Tudo isto aconteceu já depois de serem apresentados os 10 estádios da prova e poucos antes de serem mostradas as 32 selecções presentes.

Numa das mais bonitas coreografias apresentadas, 370 figurantes, com o mesmo cartão, foram desenhando e gritando os nomes dos países apurados, enquanto as bandeiras se agitavam em volta.

De referir que nem a ausência, à última hora, de Nelson Mandela impediu que a multidão presente no Estádio lhe prestasse mais uma merecida homenagem, levantando-se expontâneamente quando a sua imagem aparecia nos telões. Era esta a festa que marcou o início de um dos maiores acontecimentos do mundo de momento.

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