Wednesday 16 June 2010

Com o “mundial” no vizinho: País continua a atrair turistas

A ENTRADA de turistas através da fronteira de Ressano Garcia tende a crescer desde o arranque do Campeonato Mundial de Futebol na vizinha República da África do Sul. Enquanto isso, a introdução de algumas facilidades no âmbito do projecto da fronteira de paragem única já está a produzir impacto prático no terreno, com níveis de descongestionamento do recinto na ordem dos 80 porcento, segundo leitura feita ontem por Daniel Tovela, responsável do projecto pela parte moçambicana.

Maputo, Quarta-Feira, 16 de Junho de 2010:: Notícias

Com efeito, segundo Tovela, nos dias 11, 12 e 13 de Junho corrente, entrou em Moçambique um total de 7,700 viaturas de turistas, que, segundo a fonte pode estar a ser atraído pelas temperaturas amenas que se fazem sentir em Moçambique, comparativamente à África do Sul, ou simplesmente a revelar que há muitos cidadãos daquele país a quem o futebol não diz tanto comparativamente a outras modalidades desportivas com tradição na RAS.

Aliás, nos últimos dias, o movimento de turistas estrangeiros é notável nas ruas de Maputo, sobretudo ao longo das estradas nacionais números Quatro e Um, a primeira estabelece ligação entre o nosso país e a África do Sul, e a segunda liga as regiões sul, centro e norte do país, e por isso procurada pelos turistas que pretendem tirar proveito do potencial turístico existente ao longo da costa moçambicana.

Ainda ligado ao movimento fronteiriço, Daniel Tovela disse haver uma outra leitura que se faz do fenómeno, nomeadamente o facto de haver também um número considerável de viaturas que saem do país com destino à África do Sul, mas que aparentemente retornam ao país no mesmo dia.

Sobre o projecto de fronteira de paragem única, Tovela explicou que já está a ser usada, a título experimental, a nova estrada construída especialmente para escoar o tráfego comercial, via que utilizada pelos camiões de carga que agora já não têm que cruzar o tradicional recinto da fronteira, sendo atendidos no chamado Km 4, no lado moçambicano, ou no aeródromo de Komatiport, no lado sul-africano da fronteira.

Além disso, segundo a fonte, os turistas que viajam em autocarros de transporte colectivo ou em regime de aluguer são atendidos num balcão igualmente aberto no Km 4 e em Komatiport, não precisando, de ir ao recinto da fronteira onde antes se processava a legalização do seu movimento.

Segundo a nossa fonte, com todo este tráfego desviado, dá para perceber o quão aliviado se tornou o recinto da fronteira, onde agora há 80 porcento de probabilidades de se ter um lugar para estacionar a sua viatura, no caso de pessoas cujo atendimento continua a ser processado naquele recinto.

Um aspecto inovador, segundo Tovela, é que em qualquer das situações o atendimento dos utentes da fronteira é feito numa única paragem, exactamente no espírito do projecto da fronteira idealizada pelos governos de Moçambique e da África do Sul.

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