Mais documentos estapafúrdios foram aprovados pela ditadura de voto da banca parlamentar da Frelimo. Trata-se das propostas do Plano Económico Social e do Orçamento do Estado para 2017. Os documentos, eivados de muita parra e uva nenhuma, atribuem mais fundos aos sectores repressivos do Estado, como por exemplo SISE, Ministério do Interior e Casa Militar, em detrimento dos sectores fulcrais para o bem-estar do povo moçambicano
A apreciação dos documentos começou na quarta-feira (07) e, tal como nos anteriores, o Governo da Frelimo continua a canalisar milhões de meticais para cobrir despesas supérfluas, ao invés de investir em sectores ou infra-estruturas para o desenvolvimento do país. A título de exemplo, o Governo de Filipe Nyusi está a marimbar-se do grave problema de saneamento e da falta de água por que passam milhares de moçambicanos. Todos os anos, o país tem registado inúmeros casos de cólera e outras doenças diarreicas, que matam centenas de moçambicanos.
O mais caricato é o facto de a agricultura, considerada a base do desenvolvimento, continua de forma descarada a não ser prioridade para o Governo da Frelimo. Mas, uma vez a outra, de boca cheia, a Frelimo tem vindo a apresentar o discurso vazio e falacioso segundo o qual a solução da crise que o país atravessa está no aumento da produção.
Em suma, os documentos mostram que o Governo da Frelimo está apostado em patrocinar o conflito armado, que já perdura anos, para além de reprimir todo aquele cidadão que ousar questionar ou opor-se às suas políticas enviesadas. Na sua habitual chatice congénita, a bancada parlamentar da Frelimo continua a demonstrar desprezo absoluto por alguns princípios básicos da democracia, para além de ignorar os problemas reais, e, valendo-se da maioria absoluta parlamentar, aprovou as propostas sem pestanejar.
Na verdade, já estamos habituados a essa atitude dos “camaradas”, que se comportam como meros empregados públicos preparados para receber e executar ordens. Eles não fazem mais nada senão subscrever toda a verborreia produzida num gabinete na “Pereira de Lagos”. Isso, portanto, não nos espanta, sobretudo a indiferença ao eleitor, ao povo e à opinião pública em questões tão vitais para o bem-estar dos moçambicanos.
Editorial, A Verdade
Editorial, A Verdade
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