No seu informe sobre o estado da nação, o Presidente de Moçambique disse que a situação geral do país "mantem -se firme". A oposição diz que o informe demonstra que Governo não tem soluções para os problemas do país.
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com o líder da RENAMO, o maior partido da oposição, Afonso Dlakhama, no âmbito dos esforços de paz. Falando no Parlamento durante a apresentação do relatório anual sobre o estado geral da nação, Nyusi lamentou que Dhlakama não tenha aceite a sua proposta para se avistarem, fazendo uma série de exigências.
"Mantemos a vontade inabalável de garantir uma paz efetiva e duradoira para o nosso país e reiteramos a nossa prontidão em nos encontrarmos com o Senhor Afonso Dlakhama em qualquer capital provincial”, disse o Presidente moçambicano.
Est, considerou ainda que a ausência da paz, aliada às calamidades naturais, a crise financeira internacional e a suspensão da ajuda dos parceiros de cooperação, tornaram o ano de 2016 adverso e difícil para todos os moçambicanos. Reconheceu que o custo de vida continua elevado devido à dependência derivada, essencialmente, do facto do país continuar a importar a maior parte dos bens de consumo, tendo destacado que o segredo está no aumento da produção interna.
Filipe Nyusi apontou a agricultura como a base do desenvolvimento e a energia um fator impulsionador do desenvolvimento integrado de Moçambique. Um outro tema que mereceu à atenção do Chefe de Estado está relacionado com o combate à corrupção. Filipe Nyusi disse que no presente ano foram autuados 714 processos crime relacionados com a prática de crimes de corrupção.
Filipe Nyusi apontou a agricultura como a base do desenvolvimento e a energia um fator impulsionador do desenvolvimento integrado de Moçambique. Um outro tema que mereceu à atenção do Chefe de Estado está relacionado com o combate à corrupção. Filipe Nyusi disse que no presente ano foram autuados 714 processos crime relacionados com a prática de crimes de corrupção.
O que o país perde devido à corrupção
O valor envolvido nestes atos seria suficiente para construir mais de 40 escolas, com pelo menos 10 salas de aulas cada uma, o que permitiria que mais de oito mil crianças estudassem em condições condignas. O Presidente referiu ainda que as perdas fiscais decorrentes de atos de fuga ao fisco indicam que a erosão de receitas supera o equivalente a cerca de cinco milhões de dólares (cerca de 350 milhões de meticais).
Relativamente a criminalidade e aos crimes violentos, o Presidente Nyusi lamentou a ocorrência destes casos, mas afirmou que o país é seguro e estável. O Chefe de Estado enumerou uma série de realizações do Governo durante o ano, e concluiu o seguinte: "Estamos agora em condições de afirmar que apesar dos constrangimentos, orgulha-nos dizer que a situação geral do país mantem-se firme.”
Reagindo a apresentação do Chefe de Estado, o porta-voz da bancada parlamentar da FRELIMO, o partido no poder, Edmundo Galiza Matos Júnior, considerou que Filipe Nyusi fez uma abordagem franca e transparente. Para ele é "uma abordagem em que se demonstra firmeza por parte deste Governo no domínio da economia, economia que ao longo de 2016 sofreu grandes adversidades. E igualmente de outras áreas nomeadamente sociais, políticas, culturais e desportiva.”
Oposição critica informe de Nyusi
Por seu turno, o porta-voz da bancada da RENAMO, José Lopes, faz uma avaliação negativa da apresentação: "A avaliação que nós fazemos é que o Presidente foi muito bem claro na última parte da sua intervenção ao afirmar que Moçambique continua firme. E nós dizemos que continua firme na corrupção, na pobreza, na criminalidade, na discriminação, porque esses aspetos em nada reduziram em Moçambique.”
O deputado Silvério Ronguane, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior força da oposição, comentou, igualmente, em relação a afirmação do Chefe de Estado segundo a qual a situação geral do país mantêm-se firme: "Só o uso dessa expressão revela como o Governo não tem soluções para os grandes problemas candentes que se colocam que é o problema da paz, do custo de vida, da seca...”
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