A
Polícia da República de Moçambique (PRM) identificou “esquadrão” que
assassinou na manhã desta segunda-feira (07) Anastácio Matavel, líder de
missão de observação eleitoral e activista da sociedade civil na
Província de Gaza. Quatro são agentes da PRM, dois deles detidos, e um é
civil, a monte.
Numa curta declaração à imprensa o porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Orlando Modumane, revelou que assassinato à tiro de Anastácio Matavel
foi perpetrado por cinco indivíduos “sendo quatro agentes da PRM,
afectos na sub-unidade da Intervenção Rápida na Província de Gaza, em
serviço do GOE (Grupo de Operações Especiais), e um civil”.
Dois
dos agentes da polícia faleceram no acidente de viação em que se
envolveram na Cidade de Xai-Xai quando tentavam deixar o local do crime e
outros dois estão detidos e o civil encontra-se a monte.
Modumane
indicou que face as circunstâncias do assassinato o Comandante-Geral da
PRM, Bernardino Rafael, ordenou “a suspensão do Superintendente da
Polícia Alfredo Macuacua, das funções de Comandante da sub-unidade da
Intervenção Rápida na Província de Gaza e do Inspector Principal da
Polícia Tudelo Guirrugo, das funções de Comandantes da Companhia de GOE
em Gaza”.
Foi ainda criada uma Comissão de Inquérito para em 15 dias apresentar um “relatório pormenorizado sobre o facto”.
A admissão pela PRM que assassinos de Matavel são agentes da corporação corrobora a revelação feita ao @Verdade e ao Savana, em 2016,
por um membro da então Unidade de Intervenção Rápida da Polícia da
República de Moçambique, da existência de um “esquadrões da morte” para
abater opositores ao partido Frelimo.
Na entrevista o membro do
“esquadrão da morte” detalhou várias “missões” em que participou entre
2012 e 2016. Vários cidadãos críticos do partido no poder foram vítimas
de ataques desde então com destaque para os assassinatos nunca
esclarecidos de Gilles Cistac, Filipe Jonasse Machatine, Aly Jane, José
Manuel, Jeremias Pondeca ou mesmo Mahamudo Amurane.
Verdade
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