Wednesday, 28 March 2018

Foi o 12º crime de aparente motivação política em Moçambique

Este foi o 12º crime que aparenta ter motivação política em Moçambique, afinal Salema não foi assaltado, e até hoje as autoridades policiais não esclareceram nenhum deles. O primeiro destes crimes com aparente ter motivação política, e que foram também documentados no mais recente Relatório da Human Rights Watch, foi o assassinato do advogado constitucionalista Gilles Cistac foi morto a tiro no exterior de um café no centro de Maputo a 3 de Março de 2015.
Seguiu-se um atentado, a 16 de Janeiro de 2016, contra o secretário-geral do partido Renamo, Manuel Bissopo, que foi atingido a tiro no centro da cidade da Beira.
A 4 de Fevereiro de 2016, o alto oficial do partido Renamo Filipe Jonasse Machatine foi encontrado morto com oito tiros em Gondola, província de Manica, dois dias após ter sido raptado por homens não identificados.
A 7 de Março de 2016, um alto oficial do partido Renamo na província de Inhambane, Aly Jane, foi encontrado morto após ter desaparecido quatro dias antes. O seu corpo, encontrado perto do Rio Nhanombe, entre os distritos de Maxixe e Homoíne, exibia sinais de violência.
José Manuel, membro do partido Renamo e do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, foi morto a tiro a 9 de Abril de 2016, ao pé do Aeroporto Internacional da Beira após ter chegado de Maputo.
Em 22 de Junho de 2016, o corpo de um alto oficial da Frelimo na província de Manica, José Fernando Nguiraze, foi encontrado dentro de casa por vizinhos com ferimentos de bala.
O administrador de Tica, no distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, Jorge Abílio, foi assassinado a 2 de Setembro de 2016 por homens armados que a polícia identificou como combatentes da Renamo.
A 22 de Setembro de 2016, o alto oficial do partido Renamo no distrito de Moatize e membro da assembleia provincial local de Tete, Armindo Nkutche, morreu após ter sofrido seis tiros na rua, poucas horas depois de ter falado na sessão de encerramento da assembleia.
Seguiu-se a 8 de Outubro de 2016 o assassinato de Jeremias Pondeca, membro do partido Renamo e de uma equipa que preparava uma reunião entre o presidente Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi morto a tiro durante a sua corrida matinal na praia da Costa do Sol.
O mais recente crime com aparente motivação política aconteceu no último dia Paz, a 4 de Outubro de 2017, e a vítima foi o presidente do município de Nampula e membro do partido Movimento Democrático de Moçambique, Mahamudo Amurane, que foi morto à tiro perto de sua casa por homens até hoje não identificados.

Diante deste crime fica o encorajamento de uma vítima que não se cala: “Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer! Porque a vida desta forma como se tornou neste país acho que não é digna o suficiente para que a gente tentar preservar esta vida miserável como ela é”, declarou o professor José Jaime Macuane."

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