Friday 21 January 2011

Odinga quer uma África mais firme com a Costa do Marfim

O mediador da União Africana para a Costa do Marfim, o primeiro ministro queniano Raila Odinga, apelou ao continente para que adopte uma posição mais firme com o presidente marfinense Laurent Gbago, considerado como o candidato derrotado nas eleições de novembro passado.
À BBC, Odinga disse que África precisava de se mostrar mais determinação na forma como lida com a crise política marfinense, dado que irão ter lugar eleições em 17 países do continente só este ano.
O presidente Odinga sublinhou ainda que em África este ano vai haver eleições em 17 países e que se a crise da Costa do Marfim não é resolvida será um mau agouro para a democracia multi-partidária em África:
"Chegou a altura de África ser mais decisiva na resolução destas questões porque não podemos ter situações destas em que se realizam eleições, os resultados são anunciados e depois o vencido se recusa a largar o poder", disse.
"Temos de encontrar uma maneira decente de transferir o poder de modo a que o continente africano possa absorver a cultura democrática", concluíu Odinga.
O mediador da União Africana, o presidente queniano Raila Odinga, esteve em Angola para conversações seguindo depois para a África do Sul.
Estes dois países, Angola e África do Sul, são considerados possíveis pontos fracos nos esforços da comunidade para forçar Laurent Gbagbo a largar o poder e ceder o lugar a Alassanne Ouattara, considerado o vencedor das eleições presidenciais.
O mediador da União Africana, Raila Odinga, está a fazer um périplo por vários países africanos depois de terem fracassado as conversações que teve com Gbagbo e com Ouattara.
Laurent Gbagbo rejeitou a escolha de Raila Odinga como mediador, dizendo que o líder queniano tinha falhado na sua missão.

BBC

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